quinta-feira, 9 de junho de 2005

Papá presidente



Manuel Maria Carrilho apresentou a candidatura à câmara da capital.
Lá estava a sua amantíssima esposa e o mais recente membro da família - o pequeno Diniz Maria. Só faltou a pequena cadelinha Lola, famosa pelas aparições no programa de Bárbara Guimarães gravados para a SIC na esplanada da "Bica do sapato", para abrilhantar o evento e cativar os amantes dos animais. Bárbara perguntava ao petiz, em écran gigante, qualquer coisa como: qual será o melhor presidente da câmara? Ao que o rapazinho respondia: "O papá". Voltamos à saga do menino guerreiro. Agora temos menino. Não sei é se teremos guerreiro.
O que me lixa é que Carrilho é o candidato mais a jeito para derrotar a direita. Só que está muito ao jeito da parolice "socialite".
Não há necessidade de a esquerda usar trunfos pindéricos tão ao gosto do público da quinta das celebridades. É bem certo que tudo o que é pequenino tem graça, como recordou Fernando Alves numa divertida crónica na TSF, mas a pequenez irrita. Lisboa está um caos. A culpa é da dupla Santana/Carmona. Carmona é o homem do túnel. Dizem por aí que é mais sério que Santana. E Carrilho é desonesto? Não é competente? Não tem ideias para colocar Lisboa no mapa das cidades mais cosmopolitas do mundo? Claro que sim. Tem é este problema: não resiste a um bom festival de egocentrismo. É pena. Não havia necessidade, mesmo. JTD