As revistas, a música, a fotografia, a performance, as coisas visuais. Brian Eno, David Byrne, 4AD, The Face, Arena, marcaram o meu tempo de descobertas sonoras e visuais quando essas coisas são as coisas fundamentais do nosso crescimento intelectual.
A minha primeira viagem a Londres, em finais de 1987, deu-me a conhecer Robert Mapplethorpe na sua grandiosa exposição de retratos. Registos impressionantes de amigos artistas impressos com grande definição em telas de grande formato. O catálogo continua a ser visitado. Neville Brody também mostrava por lá os seus trabalhos gráficos em exposição/instalação gráfica (não sei se estou a pecar muito com esta definição) que me preencheu os sentidos e despertou ainda mais a curiosidade pelo seu trabalho. Mais tarde, em 2000, fui à abertura da Tate Modern. Percebi isso porque agora está a ser comemorado o vigésimo quinto aniversário do empreendimento.
Londres está diferente. O cosmopolitismo mantém-se. O respeito pela necessidade da Educação e Cultura (assim com letra grande), também me pareceu continuar a ditar regras. Agora fui lá visitar Anselm Kiefer. Exposições na Royal Academy e na White Cube. Preferi a segunda, apesar de o ambiente ser equivalente, o design expositivo na White Cube pareceu-me mais atento às obras expostas e seus derivados. Talvez uma das melhores exposições que já vi em toda esta minha existência. Londres apetece sempre. Não vos maço mais. Vão até lá. Anselm Kiefer justifica o tormento nos aeroportos. E a cidade também.
Agradecimento especial aos meus amigos Carole Bonifas e David Neal, que nos deram a conhecer uma zona mais estreita do rio que vai dar à grande cidade. Zona essa muito simpática e exclusiva onde três tradicionais pubs, virados para o rio, permitem a partilha de momentos inesquecíveis. É bom estar com amigos. Até já.