O Presidente da República é um fervoroso católico. Durante a campanha eleitoral para a Presidência disse que ser católico era uma vantagem para o exercício da Presidência. Na altura, eu, ateu convicto, achei a declaração mais um disparate a juntar aos muitos disparates a que o senhor presidente nos habituou. Agora defende outra ideia bastante peregrina: 424 casos de abuso sexual por membros da igreja dele não lhe parecem nada de especial comparados com a actividade sexual dos padres de outros países. O senhor Presidente esquece que estes são os casos que corajosamente vieram à tona. Há mais casos, senhor presidente. Não esquecendo que não é na aritmética que está o crime. O senhor Presidente é um presidente a esquecer.