terça-feira, 11 de outubro de 2022

Procissão dos distraídos


Crime de abuso não é ainda hoje crime público, diz a criatura de deus. Por acaso está enganado. Ou faz-se. Crime de abuso é crime, ponto. Está na lei. Mas não é isso que interessa agora. Um representante superior de uma instituição religiosa que relativiza uma situação moralmente repugnante merece estar à frente da referida instituição? Ou aquilo é uma choldra minada de tarados e predadores sexuais reprimidos pelas absurdas leis que os regem? Gente inenarrável. Uns praticaram crimes hediondos. Outros olharam para o lado, em completo desprezo pelos afligidos pelos criminosos. Amai-vos uns aos outros, cantarolam, os biltres.