FÉ QUE SALVA OU NEM POR ISSO | O retardado que os brasileiros elegeram para presidente nunca deveria ser levado a sério. Sempre foi alumiado pela ignorância e pela alarvidade, que é o estado mais avançado e visível da ignorância. Acontece que depois de eleito tem mesmo de ser levado a sério. Este mentecapto está a pôr em risco a vida de cidadãos. É um criminoso. As pessoas não devem deixar de circular — como é que esta besta é capaz de resolver um grave problema económico? — e os cultos religiosos não devem ser interrompidos, decreta. "É só um resfriadinho", diz o anormal. "Deus acima de todos", declarou na tomada de posse. Deus nos salvará. Vai-se fiando no Senhor e borrifando nas pessoas.
Também alguns dirigentes máximos — bispos e pastores graduados, não são cá borra-botas de padres de paróquia de bairro — católicos e de outras organizações religiosas, pedem aos seus fiéis que frequentem os locais onde se encontram para solicitar ao seu deus paz e saúde. Deus, o grande autor de todas as coisas visíveis e invisíveis deve saber perfeitamente o que anda a fazer. Um bispo qualquer diz que o Covid 19 é resposta do divíno às decisões terrenas: aborto, eutanásia, homossexualidade, feminismo e mais um ror de infidelidades ao tal Senhor.
Eu, que ateu me confesso, não tenho tão má impressão destes deuses que esta gente insiste em apoiar custe o que custar.
Um deus que só pensa em castigar é uma espécie de ditador que não devemos permitir que exista. Não tenho má impressão de deuses, anjos, ou querubins — tenho até simpatia: dão histórias engraçadas — porque a sua existência serve para a verbalização de metáforas interessantes. De resto, não existe, digo eu, que não tenho certezas e não pratico qualquer proselitismo. Mas digo-o com bons modos, com todo o respeito por quem acredita... ou talvez não, depois das atitudes destes trastes que o dizem omnipresente e criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, não há respeito nem consideração que reste. Resguardem-se. Protejam-se de vírus e destes arautos da boa vida para além desta.
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Um deus que só pensa em castigar é uma espécie de ditador que não devemos permitir que exista. Não tenho má impressão de deuses, anjos, ou querubins — tenho até simpatia: dão histórias engraçadas — porque a sua existência serve para a verbalização de metáforas interessantes. De resto, não existe, digo eu, que não tenho certezas e não pratico qualquer proselitismo. Mas digo-o com bons modos, com todo o respeito por quem acredita... ou talvez não, depois das atitudes destes trastes que o dizem omnipresente e criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, não há respeito nem consideração que reste. Resguardem-se. Protejam-se de vírus e destes arautos da boa vida para além desta.