segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
AND THE WINNER IS... | O Discurso do Rei foi soberano na noite oscarizada de ontem. Colin Firth subiu ao merecido trono. Também fiquei contente com a entronização de Natalie Portman, apesar de ainda não ter visto nenhum dos filmes em que brilha nas salas de cinema. Visionamento urgente. Parabéns aos contemplados.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
REFEITÓRIO
Uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
7 ANOS | É hoje. A DDLX faz 7 anos. O João Francisco Vilhena escolheu 7 fotografias para assinalar a data. Vamos fazer a festa a partir das 7 da tarde.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
ENSAIO SOBRE A LOUCURA | A Líbia é comandada há muito por um doido varrido. Há muito que este louco mata o seu próprio povo. Um povo que apenas tem o direito de ver os califas enriquecerem sem prestarem contas. Há uma altura em que a paciência se esgota e o povo faz história. Kadhafi quer ficar na História como mártir. Para cumprir esta premissa, muitos mártires surgirão. Ele sabe isso. E isso não o incomoda. Nunca criou um Estado. Nunca se preocupou com o estado em que vivem as populações. Foi uma espécie de califado, com todas as exuberâncias permitidas, que criou no sítio onde quis aplicar a sua revolução verde. Um louco criminoso anda à solta no Médio Oriente. Preocupante.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
SILÊNCIO | Num dia assim.
José Afonso morreu há 24 anos. O humanismo militante e a genialidade não morreram. Saudade de um amigo.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
MAIS VALE SER UM CÃO RAIVOSO | Quero que vejam que estou em Trípoli e não na Venezuela. Não acreditem no que vos dizem os canais de televisão dos cães vadios. Disse Kadhafi, ontem. Tenho cada vez mais simpatia por cães vadios, digo eu.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
O ESPLENDOR DE PORTUGAL | Somos um povo difícil de contentar. Exigimos dos nossos compatriotas mais esforçados o impossível. Infernizamos a vida de gente que muito trabalha para nós. José Penedos, por exemplo, recebia prendas como reconhecimento disso mesmo. Eduardo Catroga apressou-se a confirmar a bondade do seu amigo, confirmando a normalidade do recebimento de presentes por parte de quem exerce cargos públicos. Catroga também se fartou de receber ofertas e não vê nisso nenhum mal. O ex-ministro Dias Loureiro foi injuriado por enriquecimento ilícito, vendo-se na necessidade de se retirar para uma vida modesta num país com poucos recursos. Armando Vara, outro modesto ex-ministro, foi injuriado por ter recebido uma caixa de robalos, imagine-se. Jorge Coelho abandonou a política para se dedicar à "construção" de um país novo. Oliveira e Costa vai para o chilindró, por ter tratado de forma zelosa as poupanças dos clientes do banco que dirigiu. E que dizer de João Rendeiro? Um teórico de estudos económicos que tudo fez para que entendesse-mos os benefícios das operações bancárias? Outro grande homem a quem muito devemos, Joe Berardo, o colecionador de arte que nos "ofereceu" a sua coleção, diz agora que estamos a precisar de algo diferente: um novo género de ditadura, por exemplo. Que boa ideia, senhor comendador. Como é que ninguém se tinha lembrado disso antes? Não faltam, portanto, exemplos de gente dedicada aos seus semelhantes. Termino com o extremoso exemplo do professor Cavaco Silva, que exerce a mais Alta Magistratura em regime de trabalho voluntário, vivendo das merecidas reformas. E ainda nos queixamos.
Que raio de povo este, que não reconhece os esforços de quem dele cuida.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
REFEITÓRIO
Uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier
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NESTA REVOLUÇÃO NÃO HÁ FLORES | Lara Logan, jornalista da CBS, está a recuperar, num hospital americano, de uma vilolenta agressão sexual. Tudo se passou na praça Tahrir, enquanto fazia a cobertura da revolução branca. Revolução branca?! Chiça!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
O DISCURSO DO REI | O treinador de futebol José Mourinho rendeu-se, há muito, às virtudes das operações bancárias. Acontece aos melhores, como sabemos. Ditames da agência que tem a conta do Millennium /BCP tornaram-no funcionário bancário. É desse balcão que anuncia: "Para mim, não há dificuldades, só desafios". O discurso condiz com a personagem. Desempenho competente. Tanta energia e talento emocionam. Mas, o pessoal que está desempregado, os empresários que se vêem "à rasca" (horrível expressão tão na moda) para pagar aos colaboradores, os recém licenciados sem perspectivas desafiadoras, os reformados que vivem com dificuldades e os trabalhadores precários sem estabilidade à vista, o que dizem ao treinador/bancário?
- Mourinho, querido, e se fosses para o caraças com a conversinha da treta?
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
APRENDER A DISCURSAR NA ERA DA TÉCNICA | Um filme que justifica a necessidade de vivermos uns com os outros. Um rei (Colin Firth) que precisa de um homem comum (Geoffrey Rush) para se safar. Um homem comum que faz o rei sentir-se um entre os outros. As debilidades humanas atingem mesmo quem manda e decide. Os poderosos também gaguejam. Isso é muito complicado quando quem decide tem que usar um microfone para comunicar. E piora quando a intenção é unir populações contra Hitler. O rei levou a melhor. Viva o "Discurso do rei".
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
REVOLUÇÃO BRANCA? | Quem falou em Revolução Branca para definir as enchentes egípcias? A gente sabe que por aquelas bandas a clareza de ideias não é pano sem nódoa. Museus assaltados, militares contra polícias, e mais o que está para vir, não descansam ninguém. Em terra com oitenta milhões de seres, grande parte a viver miseravelmente, sem nada a perder, tudo pode acontecer. A alegria democrática não resolve crises. Um povo sem meios, e que não vê meio de ver as coisas alteradas, é capaz de alinhar nas mais tenebrosas "limpezas". O islamismo espreita e age.
Um milhão de gente na Praça da Revolução é muito pouco em comparação com os muitos milhões que podem eleger, democraticamente, um governo repressivo islâmico.
Oxalá me engane, mas aquilo está complicado.
FINAIS FELIZES | Idosos que morrem na solidão das suas casas são assunto em todos os noticiários. O caso da senhora morta durante nove anos no chão da cozinha despertou o interesse pela coisa. Casos semelhantes são anunciados diariamente. Segurança Social, autarquias e tribunais não devem fazer ouvidos de mercador aos alertas das vizinhanças. Há muito a corrigir na organização da assistência aos mais velhos. Devemos proporcionar a quem teve uma longa vida um final de vida digno. Prioridade ao Ser Humano, precisa-se.
Fotografia Sebastião Salgado
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
REFEITÓRIO
Uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
O QUE É DOCE NUNCA AMARGOU| Este projecto editorial "José Malhoa, Tradição e Modernidade", foi concebido graficamente por nós, na DDLX, e acaba de vencer o Prémio José de Figueiredo 2011. O autor é o historiador de arte Nuno Saldanha. A edição é da Scribe.
A SOLIDÃO DA VELHA SENHORA | Uma senhora morre na cozinha de sua casa e por lá fica durante quase nove anos. Vizinhos avisaram autoridades do desaparecimento. Sem efeito. Faltaram sempre autorizações para que houvesse investigação. A senhora, um pequeno cão e uns passaritos estavam mortos na casa onde faziam companhia uns aos outros. Morreram todos na maior das solidões.
A solidão é uma actividade violenta.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A BEM DA NAÇÃO | Confesso que não tinha dado por nada. Um milhão de valorosos patriotas quer percorrer a Avenida da Liberdade. Querem que toda a classe política se demita. Assim, sem mais nem ontem. De repente ficávamos entregues a um punhado de cretinos passeantes na avenida. Li no Facebook algumas notas ditadas pela "organização". O discurso circula entre o reaccionarismo mais básico e a debilidade mental mais pura. São tão puros e penetrados de razão, estes esforçados justiceiros.
IMAGEM JOÃO ABEL MANTA
RAPOSAS A SUL | O blogue de António Cabrita meteu-se pelo Egipto dentro. Ficou a impressão que se segue. Ide até lá, ide.
Agora Khamenei, o líder supremo iraniano, fez votos para que o Egipto se torne uma república islâmica. Bom, talvez mais uma inquisição monárquica, semelhante à que no Afeganistão implodiu os grandes Budas em Bamiya.
(Ler tudo aqui)terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
AMOR E MORTE | Esta foi a primeira página do Público de ontem. Continua-se a morrer desta maneira indescritível. O ciúme domina na maior parte dos casos o motivo. O alcoolismo convoca a "coragem". Estranha coragem esta que anula vidas humanas por amor.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
CÓDIGOS DE TRABALHO | Sobre a possibilidade ou não de haverem despedimentos na Função Pública já se disse de tudo. Sócrates assegura o lugar do pessoal. O senhor Picanço aproveita estas abertas e sai do ninho para dar a sua picadela no assunto: a ver vamos, debita. O líder da bancada dos liberais do PSD diz que nem pensar, tentando convencer-nos, como se fossemos parvos, que não está no horizonte das decisões do seu partido a obcecada ideia de emagrecimento do Estado, e que essa ideia passa por cortar a direito. A doutora Cristas, do partido do senhor Portas, também revela desacordo com as expulsões, mas dá uma sugestão: rescisões de contrato sim, mas com bons modos. Claro que todos são contra uma investida abrupta que empurre para situações difíceis quem trabalhou substancial parte da sua vida para o Estado português. Ninguém quer ficar mal neste retrato. A Função Pública é sagrada. As santidades resultam sempre nestas procissões.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
OLHA A NOVIDADE | Jerónimo do PCP, em entrevista a Maria Flor Pedroso, ostentando aquele ar de madre Teresa sofredora, diz que não põe de parte votar moção de censura da direita para alterar o estado das coisas. A defesa do liberalismo passa a ser letra viva no vocabulário do partido. Já agora, por falar em vocabulário, aqui há dias, ouvi o citado senhor Jerónimo preocupado com a proposta de redução de deputados. Corre-se o risco, diz, de deixar de haver - oiçam bem - pluralismo na Assembleia. Notável. O filósofo Barata, mandatário da campanha para a Presidência do senhor Lopes, tinha uma canção (ridícula, é certo), trauteada no tempo em que o homem era cantor (manhoso, é certo), em que arrasava com parva ironia... o pluralismo. Pluralismo era a pior coisa da vida, no tempo em que o Poder acenava. Agora dá jeito. Há quem diga que esta gente tem um dom que os distingue: pelo menos mantém a coerência. Têm razão: a incoerência fica-lhes tão bem, que às vezes parece coerência.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
RECEITUÁRIO | A Monocle de Fevereiro anda aí e recomenda-se. Para além dos muitos motivos de interesse habituais, traz uma indispensável entrevista a ElBaradei, o homem que é a cara da contestação no Egipto. Como a conversa foi recolhida antes do desassossego que por lá impera, percebe-se a premonição. Mais uma edição a não perder. Avisados.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
RECEITUÁRIO | Pedro Chorão é um artista que vale sempre a pena visitar. Esta exposição, que hoje abre na Galeria João Esteves Oliveira, mostra os seus mais recentes trabalhos. Visita recomendada. (Clique na imagem para a ampliar)
João Esteves de Oliveira
Galeria de Arte Moderna e Contemporânea
Rua Ivens, 38 - Baixa-Chiado
1200 - 224 Lisboa
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
EM PÉ DE GUERRA | O mundo árabe está em grande alvoroço. Depois da Tunísia e do Egito, outros territórios da zona aderiram à contestação aos governos instalados. Iémen, Jordânia e Síria juntaram-se aos protestos. O rastilho está lançado e parece imparável. Os israelitas estão geograficamente cercados. Preocupante. Esperança: analistas experimentados dizem que esta revolta não é comandada pelos islamitas. Deus os ouça. Uma coisa é certa: nada será como dantes. Esta mudança vai mudar o mundo.
LIVRO DE RECLAMAÇÕES | No passado dia 29 de Dezembro, trouxe para aqui um problema que me estava a incomodar: falta de estacionamento, por excesso de parques pagos, e consequente inutilidade dos ditos (colocação de moeda de 2 em 2 horas), já que se não servem para colocar as viaturas das criaturas (como eu) que se deslocam diariamente para Lisboa, não servem para nada. Também referia que os parques da estação ferroviária se encontravam encerrados. Ora aí está o motivo deste novo post - um dos referidos parques está democraticamente aberto e ao dispor das viaturas de cada um. Uma freguês atento alertou-me para esta atitude civilizada. O problema é que a coisa parece provisória. É que está lá instalado um casinhoto que parece mesmo vocacionado para empregar um vigia com vista ao controle de entradas e saídas. Logo, a coisa provavelmente deverá passar a entrar nas nossas declarações de despesas, mais dia menos dia. Mas enquanto o pau vai e vem...
Quanto ao negócio do parque explorado financeiramente (na foto) e possível de utilizar em outra entrada da estação, continua tão vazio como a boneca insuflável que me ofereceram num dia de aniversário aqui há uns anos. Diferenças: da boneca já nem me lembrava; mas aquele parque vazio agredia-me a inteligência. Agora já me estou borrifando: tenho onde estacionar e o dito parque não é negócio meu. Esclarecido.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
HÁ ALTURAS PARA TUDO | Revolta emocionada no Egipto. As ruas vão continuar cheias de gente. Tanta gente que não quer continuar a viver sem voto na matéria. Tanta gente que quer acreditar num futuro. Já não há palavras para descrever o que por ali se passa. Tudo soa a lamechice. A normalidade vai chegar com a mudança. O mundo só tem a ganhar com essa mudança.
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