quinta-feira, 13 de maio de 2004

O ranhoso e o rançoso

Ontem, quarta-feira à noite, no Lux. Lançamento do mais recente livro de Eduardo Prado Coelho, desta vez em diálogo com Ana Calhau.
Um livro de partilha afectiva e de grande labor estético. Titulo: "DIA POR AMA".
Apresentação feita por Helena Vasconcelos e Henrique Cayatte. Serviço competente e bem humorado.
Depois das oratórias elogiosas e dos agradecimentos por parte dos autores, passa-se ao habitual convívio de copo na mão. Circunstância que se desenvolve muito agradavelmente graças à simpatia de Manuel Reis e seus colaboradores.
Entre os convidados estavam Vasco Graça Moura e António Mega Ferreira. Não se viam, segundo o cumprimento inicial, hà já algum tempo. Diz Mega para Vasco: "Então você chamou-me ranhoso? Disse que a esquerda era ranhosa?" Que não, diz Vasco "Eu disse a esquerda parlamentar, não me referia a toda a esquerda". "Ah, bom", reponde Mega, "É que eu ia responder-lhe: Na classificação de esquerda e direita basta trocar uma letra; se a esquerda é ranhosa a direita é rançosa".
Os senhores "Expo" lá continuaram no seu animado diálogo. A amizade pode não ter ideologia.
JTD