Voto sempre à esquerda. Concordo e alinho em acordos de alianças à esquerda. Sempre à esquerda. Na possibilidade de termos um candidato salazarista na segunda volta, sinto-me confuso com tanta candidatura da minha área. Mas há um candidato que agora veio dizer que não quer ficar nessa gaveta. De facto é chato meter-se a esquerda na gaveta quando faz tanta falta fora do armário.
Faz falta assumirmos as nossas ideias de esquerda, que são sempre muito melhores do que as incongruências mentais das direitas: da extrema e da clássica. A esquerda é plural, eu sei, e isso é bom, mas alguém que julgávamos minimamente de esquerda querer parecer conservador, progressista e betinho caviar ao mesmo tempo, não faz o género de quem está, como eu, preocupado com o avanço brutal dos racistas/fascistas chefiados pelo candidato labrego. Olhe, António José Seguro, até o almirante sem navio já disse que o candidato fascista lhe fazia lembrar o Hitler. Querem ver que agora o almirante quer ser guardado na gaveta da esquerda? Não, o António José não é o voto seguro da esquerda. É ele que não o quer. E eu não gosto de contrariar ninguém.
