Não tenho nada a ver com a vida dos outros. Mas, como em Portugal prefiro sempre a esquerda à direita, e prefiro a inteligência à boçalidade, também em outras geografias prefiro maior exigência. Kamala provou no debate que é melhor que Trump. Dúvidas? Vejamos:
Os Estados Unidos da América são um país de contrastes. Têm o melhor, que eu consumo com entusiasmo há anos, e têm o pior, que é a extrema-direita apelidada de "tee party" e que se alia aos piores comportamentos da sociedade. A direita americana é desprezível. E a esquerda, é flor que se cheire? A esquerda americana é o que é. É possível ser melhor? Claro. E essa esquerda existe, mas não queiram que na Casa Branca se cante a Internacional — canção que eu adoro e que canto, e que me emociona cada vez que a oiço e canto — e que se marche ao som de "Les Partisans". Estamos em outro patamar de aplicação da política. As coisas são como são.Mas em que terra vive esta gente que não sabe ter opinião que diferencie uma mulher inteligente e com apreço pela cultura de um boçal inclassificável que faz a apologia da ignorância e que pratica a mentira mais desbragada? Um fascista nojento que adora despedir e tratar mal quem não o ache o "maior da cantadeira". Um imbecil sem trambelho. Em Portugal tem o apoio do fascista Ventura. Os líderes portugueses que não sabem para onde tombar bebem o mesmo chá. Não há motivos para se entender e tornar relativo o "pensamento" da extrema-direita.
Eu percebo as hesitações e as inquietações, mas não percebo. Ou não quero perceber, digamos assim. E prefiro assim. Sempre me permite ter algum respeito por quem assim pensa, apesar de ser gente que pensa mal, na minha opinião. Há diferenças? Há sempre. O mundo não é a preto e branco, como gostariam alguns que fosse. O mundo é de todas as cores. E as pessoas também.
Vamos ver Trump pelas costas, ok? É isso que interessa para já.