Os novos fascistas são os fascistas de sempre. Os fascistas sempre ganharam eleições. Essa eminência parda a que sociólogos e psicólogos classificam como "povo" é exactamente isso: uma eminência parda. Os fascistas andam por lá. Vegetam nos buracos do "seu povo". São gente ruim que semeia a ruindade em catadupa. Também são idiotas, mas isso é assunto para análise mais alargada dos tais sociólogos e psicólogos.
Nathalie Tocci, em entrevista ao Público de hoje, dia 3 de junho, revela as suas preocupações: "Não espero uma subida radical da extrema-direita mas uma pequena já será catastrófico". E, sobre o seu país e a actual liderança, acrescenta: "A ilusão de que Meloni se moderou porque o poder modera é um disparate absoluto. E os italianos sabem isso". Mais: " Se analisarmos todas as dimensões do que seria uma definição comunmente aceite do que um fascista faria ou quereria fazer no século XXI, ela, literalmente encaixaria em todas".
Pois é: a canção do Sérgio continua na senda da lucidez. Só que agora os fascistas já não precisam das botas cardadas. Avançam sem vergonha escudados pelo seu povo. Povo que só perceberá que as botas cardadas só os espezinham a ele quando sentirem as solas no lombo. Entretanto por aqui andamos nós, os indignados com tamanha miséria cultural, estrutural e miséria mesmo. " Há quem viva sem dar por nada. Há quem morra sem tal saber", como escreveu e cantou José Afonso. Os fascistas da moda e das redes sociais chalupas ganham por aí, mas nós estamos aqui, e não nos conformamos com as inanidades dos chalupas filhos da puta que os pariu. Desculpem a linguagem, mas acho que posso, não posso? Claro que posso - é a realidade!
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