A reportagem de José Miguel Sardo em Santiago de Compostela, inserida ontem no suplemento P2, do Público, conta o que está a acontecer na Galiza.
José Afonso estava por lá, em 1972, quando experimentou cantar a "Grândola" num espectáculo que juntava antifascistas. Franco estava no poder. Benedito, o músico espanhol, era o amigo galego de José Afonso. O espectáculo fez vibrar de emoção e vontade de lutar contra Franco tanto os participantes como o público. Depois houve multas e impedimentos de outros concertos. É o que o comportamento fascista dita. Era a vida daquele tempo. José Afonso nunca mais esqueceu aqueles momentos felizes. Ficou um grande amigo da Galiza.
Este ano a Galiza está a comemorar a existência de José Afonso. Continuam a vibrar. Lá como cá José Afonso continua a ser um contemporâneo. Um génio intemporal. Lá como cá, sabemos impedir o avanço dos fascistas puxando a memória dos melhores de nós. O fascismo não nos pode impedir a felicidade.