Morreu a Maria Quintans. Eu gostava tanto dela... Era uma mulher incrível e escrevia poesia assim:
a todos os nomes que do pânico nascem dou um corno
para ficar atrás da porta e
um chumbo de mercúrio para a morte
a todos os poetas dou uma mãe — a minha mãe — arrancada aos
ombros do meu desgosto
a todos os homens dou o meu sangue inundado de eternidades
provocatórias
uma ruptura na garganta onde todos os dedos se espalham.
Maria Quintans. Se me empurrares eu vou. Assírio & Alvim