Insistir na igualdade ainda é preciso. Recentemente, uma jovem mulher, deputada do partido neofascista com permanência no Parlamento, assumiu e defendeu que as mulheres têm todo o direito em serem "apenas" mulheres, donas de casa, para cuidarem dos filhos e do marido. Algo que parece defesa de um direito razoável, não o é. É a vontade de regresso ao passado.
A expressão é muito antiga e já se pensava ridícula e ultrapassada: o lugar da mulher é na cozinha. A jovem deputada, que só o é porque houve mulheres que lutaram para que mulheres entrassem na política e no Parlamento, deveria ponderar o que diz antes de vomitar ódio e bojardas machistas. Mas as coisas são mesmo assim: ninguém pode julgar uma jovem deputada por ser parva, mas quando essa jovem está em lugar de decisão e defende retrocessos civilizacionais, devemos denunciar essas atitudes. No próximo domingo, uma mulher que vote no partido neofascista ou é parva ou faz-se.
Só reparo na parva do Chega porque já fedem estas atitudes imbecis, mas a ideia aqui é lembrar as mulheres que combateram essas atitudes. Foram muitas. Foram corajosas. Coloco aqui fotografais de algumas que me impressionaram pelas suas atitudes. São estas mulheres que fazem o mundo avançar. É preciso recordá-las para que o que combateram não se volte a impôr. Assistimos hoje a essa vontade. A direita unida está predisposta a fazer recuar tudo. Estas mulheres combateram o conservadorismo direitista. Foram mulheres do seu tempo, que são exemplo para as mulheres de hoje. Essas que estão a construir o amanhã. Vivam elas.