Estou de acordo com António Filipe, com Fabian Rodrigues, com Paulo Muacho e com Pedro Delgado Alves. O problema não é estes ministros serem da área restrita do partido do Governo. Estes ministros querem entregar tudo aos detentores disto tudo.
Estes ministros têm imensa experiência nas áreas que combatem serviços públicos. Sem papas na língua foram denunciados governantes com interesses no imobiliário e na implementação dos vistos gold. Falou-se do conservadorismo pouco cultural da ministra da cultura, da incompreensão da vida de quem trabalha por parte da ministra do trabalho e da excessiva ligação de muita desta gente às medidas coelhistas nos tempos da troika de má memória. Nada entusiasmante, este governinho.
Fico mais entusiasmado com a capacidade destes efectivos opositores. Esclarecedoras intervenções, ao contrário do grunho falante, que só soube queixar-se dos ministros e ministras por serem do PSD, e falou de uma continuidade do governo anterior. O disparate instalou-se naquela cabeçorra e não a larga. Claro que o que melhor poderia acontecer era estar lá ele. Todos sabemos que o grunho falante não ambiciona mais nada do que entrar dentro do sistema que tanto combate. E agora tem dentro do sistema 50 grunhos instruídos para o combate a tudo o que mexe.
Os comentadores profissionais estão muito contentinhos com a lista. Para eles e elas é só a táctica política que conta. Tanta experiência extraordinária. Tanto desprendimento em prol do país. Enfim, entramos no estado de graça apesar deste governo não ter graça nenhuma. Veremos o que sai daqui. O que for soará.
