As palavras que empregamos não são recuperáveis. Se calhar, nem a língua em que falamos. E, tal como num sonho, estamos sempre a procurar perceber em que situação é que estamos, como fomos lá parar, como a criámos ou caímos nela. É no horizonte da existência, no esforço contínuo em fazer sentido, obter inteligibilidade, anular a opacidade e ganhar transparência, que existimos continuamente. Nunca se desliga o interruptor das palavras pensadas. É como fazer música, tal como diz Sócrates noutro diálogo. António da Castro Caeiro. O QUE É A FILOSOFIA?
Vamos conversar com António De Castro Caeiro, no espaço João Paulo Cotrim, da Casa Da Cultura | Setúbal. Vamos usar todas as palavras que a língua nos permitir. E o palato, é claro, porque estas conversas com o António são sempre muito saborosas. Até lá.