domingo, 23 de julho de 2023

Consulta de rotina

Uso óculos desde pequeno. Andava na escola primária. Nesse tempo não achava graça nenhuma àquelas cangalhas a escorregarem-me pelo nariz. Mas habituei-me. Passei até a gostar. Depois, já mais crescido, fui experimentando modelos e marcas que se adaptavam à minha curiosidade e gosto. Experimentei usando: Armani, Alain Mikli, Oliver Peoples. Armani outra vez. Mas tinha como referência os óculos do meu pai, de massa preta, grossos e pesados. Da Caixa, como ele dizia. Ele só os usava para ler. Quando os deixava pousados em cima do jornal, eu ousava pendurá-los no nariz. Em vão. Não dava para ver nada: graduação excessiva. Tenho astigmatismo. A miopia é irrelevante. Já podia ter sido submetido àquelas cirurgias milagrosas que põem um entradote cegueta desde a infância a ver como um menino. Não quero. Os óculos fazem parte da minha pele. Não me vejo sem eles.
Perto dos quarenta anos descobri um modelo que já se fabrica desde os tempos de infância do meu pai. É exactamente este do retrato. Aliás, o design é o mesmo de sempre e comemorou o centenário na altura em que eu iniciei o seu uso. São estes Moscot que aparecem na imagem. Uso o modelo Lemtosh. Aqueles olhos do desenho não são os meus, como pensaram alguns dos meus amigos. Foram retirados de uma campanha da marca. Hoje esclareço o "mistério". Claro que isto não tem importância nenhuma. São os pequenos nadas da vidinha de cada um. Bom domingo para todos.
Quem quiser pode conhecer a história aqui: https://moscot.com
Ou aqui: MOSCOT



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