segunda-feira, 15 de março de 2021

O que faz falta


O processo de destituição de Dilma permitiu percebermos que o poder político no Brasil está nas mãos de políticos anti-política. 

Não existia qualquer acusação contra Dilma. O processo foi orquestrado e instruído pelas mais básicas noções de oratória. Resultou. Substituíram a Presidente eleita por um fantoche que se dispôs a representar esse papel com esmero e até devoção. Também Lula foi detido sem provas de coisa nenhuma. Desde Fernando Henrique Cardoso que o Brasil seguia um rumo. Cresceu economicamente e havia uma esperança social. Muita gente deixou de ser extremamente pobre. Claro que surgiram fogachos de corrupção. Labaredas, mesmo. Mas o pretexto para o combate a esse flagelo universal colocou no poder uma tropa-fandanga ainda mais desavergonhadamente corrupta.
Lula foi agora devolvido à liberdade. Não se percebe bem por quanto tempo. Sobre o Brasil não se está a perceber nada. Era bom que Lula se mantivesse em liberdade e usasse o seu carisma para criar alternativas aos bandidos depravados que detém o poder. A insistência em tácticas e estratégias antigas não é solução. Tudo tem o seu tempo. A política está a mudar todos os dias. Os facistas estão a alimentar o seu sonho de retorno. Mas a esperança no conforto da democracia com melhoras sociais e culturais também cresce e recomenda-se. Lula deverá ter isso em conta. Ninguém é insubstituível. Quem tem de ser substituído é o energúmeno que ocupa o palácio do Planalto. Ele e a chusma de bandidos que se sentam por lá. O mundo precisa de gente decente nas cadeiras onde se sentam os decisores. Os facistas não fazem cá falta nenhuma. São como a fome.

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