terça-feira, 16 de março de 2021

José Maria Bustorff









EVOLUÇÃO
| Em fevereiro de 2018, Bustorff expôs na galeria da Casa da Cultura e na Casa da Avenida, trabalhos de grande formato  a que deu este dialéctico título. Recordo aqui a informação que recolhi e integrei no material de comunicação:

 Jochen Bustorff veio a Portugal em 1974. Queria perceber o que se estava a passar. Os enredos que levaram à instalação da democracia aguçaram-lhe a curiosidade. Ficou por cá durante todo o processo inicial. Viveu alguns anos em Setúbal. Depois continuou a correr mundo, mas voltou a Portugal e ficou a morar e a trabalhar em Pombal. Até mudou o nome artístico para José Maria Bustorff. Agora vai voltar à cidade onde foi feliz. Setúbal vai acolher duas exposições do pintor — Casa Da Cultura | Setúbal e Casa d’Avenida. Chamou a estas mostras EVOLUÇÃO. Podem ser visitadas durante todo o mês de fevereiro.

A biografia que se segue esclarece o que foi possível apurar de um artista andarilho que não sabe estar quieto.

José Maria Bustorff fez o curso superior de belas-artes em Hamburgo. Após conclusão da licenciatura, o governo alemão concedeu-lhe uma bolsa para estudar arte popular em Portugal, no Alentejo. Resulta desse estudo a publicação do livro Diário do Alentejo, em português e alemão. Viveu depois em Setúbal, onde fez grandes amizades. José Afonso foi um desses amigos, tornando-se o poeta-cantor grande referência para o pintor. Em 1982 trabalhou para o ministério da agricultura de Moçambique, como responsável por um projeto editorial. Três anos mais tarde viaja para Roma, entregando-se exclusivamente à pintura.
Viajou pelos grandes desertos de África, documentando, fotografando e desenhando outras realidades. Deu aulas na Universidade da Namíbia.
Entre 1992 e 1994 residiu em Paris, trabalhou no Louvre e criou  o seu próprio ateliê. 
Vive e trabalha em Portugal desde 1995.
Fez exposições em todos os locais por onde passou: Alemanha, França, Portugal, Sudão, Namíbia, Brasil, Cuba, Macau, Hong Kong e China.
Em 2002 foi galardoado na Bienal do Vidro da Marinha Grande, com um trabalho sobre o pensamento de Marcel Duchamp, e com o primeiro prémio de pintura no Congresso Trás-os-Montes.
Em 2005, a Cooperativa Árvore, no Porto, e o Celeiro do Marquês, em Pombal, mostraram o seu trabalho em grandes exposições. Participou também na Bienal de Vila Nova de Cerveira.
Outras exposições: em 2008, na Fábrica Social, convidado pelo escultor José Rodrigues. Em 2009, na Chiado de Coimbra. Em 2010, na galeria do Teatro-Cine de Pombal. A Fundação José Rodrigues, recém constituída, volta a mostrar o seu trabalho no Porto, em 2013. Expõe em Hamburgo em 2014. 
Em 2016 expõe em Santiago do Cacém, integrando as comemorações do 25 de Abril.
Volta a expôr em Pombal, no Teatro-Cine, entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017.
Em fevereiro do mesmo ano volta a expôr na cooperativa Árvore, no Porto.
Em fevereiro de 2018 expõe pela primeira vez em Setúbal, na Casa da Cultura e na Casa d’Avenida.