Nasceu no ano em que a República se instalou. Trabalhou no ateliê de Lázaro Lozano. Frequentou Belas-Artes e o Conservatório: pintura e cenografia respectivamente.
Tem uma paleta própria bem definida que, aplicada na tela — a óleo, quase sempre — apresenta a diferença pelo rigor da forma. Não falamos de monotonia, falamos antes de ambientes paisagísticos extensos e confortáveis, figuras apresentadas em tonalidades simples, mas asseguradas pelo cromatismo. Não costumo enquadrar os artistas no seu berço. Os bons artistas são do mundo. Mas tendo Álvaro Perdigão nascido em Setúbal, e considerando eu que este é o mais importante artista que aqui nasceu, estou empenhado em tratar de fazer uma exposição sua na terra. Na galeria da
Casa Da Cultura | Setúbal
e na galeria e café da Casa da Avenida. O Pedro Chorão
, conhecedor e apreciador da sua obra, revelou-me essa possibilidade. À vontade juntou-se o entusiasmo. Assim que nos podermos encontrar vamos trocar umas ideias sobre este assunto. Entretanto vão olhando para estas imagens. Muito bom, não é?
