Estávamos todos com o coração nas mãos. Percebia-se o avanço da doença. Fomos todos artistas naquele espectáculo. Cantámos, trauteámos os famosos e únicos estribilhos zecafonseanos. O que nós gostámos daquele homem. Continuamos a gostar, recordando-o, ouvindo a sua música.
Passam hoje precisamente trinta e oito anos. Percebi isso porque sem qualquer intenção de procura, fui dar com esta folha impressa que fiz para divulgar o espectáculo. Olhei para uma conhecida fotografia e resolvi ilustrar a rotring, em papel vegetal, o nome maior da nossa cultura que ía dar um concerto no Coliseu naquele dia 29 de janeiro de 1983. Tanta emoção. Tanta gente viva. Parece que foi ontem.
A Fotografia é do Rui Ochôa