quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O mal entre nós


Até parece que estamos a viver um filme de terror. O horror instalou-se com esta pandemia, e, como se não bastasse o atropelo às nossas vidas, surgem em grande gáudio os arautos das causas purificadoras.

O auto-elogio, sempre motivado pela extrema falta de vergonha, está sempre presente nesta figura. Má figura, diga-se. A criatura não tem qualquer receio em balir inanidades e mentiras. É um cretino sem trambelho, mas parece que andam aí paletes de cretinos e de cretinas que o acham o máximo. A ele, que é o mínimo. Confesso que não consigo assistir a uma entrevista e não assistirei a qualquer debate em que a figurinha participe. Questões de fígado. Não consigo mesmo. Não assisti à conversa com Miguel Sousa Tavares, portanto. Falam-me das contradições, da defesa de retrocessos civilizacionais, de todos os atropelos que o energúmeno propõe contra as pessoas, mas também me dizem que provavelmente as pessoas gostam daquela verborreia vil. Vá lá a gente perceber certas pessoas. Como não quero perder muito mais tempo com o escroque pedante e malcriado, fui buscar esta excelente prestação do genial André Carrilho. É para lhe secar as lágrimas, num possível momento de emoção ou oração durante a campanha.

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