quarta-feira, 1 de julho de 2020

A Liberdade é uma luta constante


Por vezes pode cansar, mas é preciso insistir. Como é possível, em pleno século XXI, ainda estarmos a lutar contra racistas defensores de diferenças e recriminações? Como é possível já os vermos em manifestações que negam existir aquilo que são? Como é ainda possível tamanha ignorância? E a maldade?

Angela Davis é símbolo de uma acção constante pela liberdade numa terra estranha, onde a imbecilidade triunfou. É uma activista radical, mas que projecta um elegante discurso intelectualmente superior. É uma pensadora fora do comum. Uma intelectual de dimensão universal. Está a ser evocada por cá porque pela primeira vez é editada entre nós. A Antígona publicou A LIBERDADE É UMA LUTA CONSTANTE. O Ípsilon/Público, com escrita — excelente — de Isabel Lucas e Cristina Roldão, esclareceu um percurso de activismo e analisou este livro. Muitas vezes me lembro de Angela Davis: o que andará a fazer? O que pensaria ela disto ou daquilo? Fiquei esclarecido. O livro é um tratado de percepção da realidade, solidariedade e inteligência. Fui buscá-lo ontem, à Culsete, e devorei-o. Parei para vir aqui dizer isto. Apelo: conheçam Angela Davis. É bom ouvir o que tem para dizer.
A LIBERDADE É UMA LUTA CONSTANTE
Autora: Angela Davis
Organização e introdução: Frank Barat
Prefácio: Cornel West
Tradução: Tania Ganho
Revisão: Madalena Alfaia
Concepção gráfica: Rui Silva (www.alfaiataria.org)
ilustração da capa: Gonçalo Duarte
Paginação: Rita Lynce
Impressão: Guide - Artes gráficas

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