segunda-feira, 25 de maio de 2020

A coisa aqui está preta

Uma turma aberrante tomou conta da política. Imagens em vídeo de uma reunião do governo reafirmam o nível reles do seu presidente: discurso rasca e odioso é ambiente de trabalho nas reuniões de "alto nível" no Brasil. 

A atitude criminosa de Bolsonaro perante a pandemia já não permite a escolha de ministros da saúde que percebam do assunto. A escolha vai para militares conservadores aparentemente seguidores do líder. Já há por ali mais militares do que no tempo da ditadura militar. As pessoas passaram a ser números apenas. Números de mortos que aumentam todos os dias. Mas o presidente insiste no seu discurso de tasca imunda: todos temos de morrer um dia, porra!
Toda a gente decente condena o homem. A condenação salta do território brasileiro. Há um sentimento de tristeza no ar do mundo. De revolta. E de impotência perante tanta barbaridade verbal e real. A realidade brasileira ultrapassa todas as ficções. Claro que há arrependidos. Muitos dos que o elegeram querem-no agora fora do pedaço. Mas ainda se assiste a apoios cegos à criatura. Grande verdade: ele disse ao que ía. Todos nós percebemos que a tragédia fazia parte do programa, mas esta pandemia desenvolveu o carácter do traste. A tragédia é substancialmente superior ao programado. Há muita gente a morrer. Há muita gente viva que acha que é assim mesmo que deve ser. A coisa está preta.

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