SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO | O nosso futuro foi adiado. Indeterminadamente. As férias de verão já foram. O natal em família poderá não ser como as famílias querem. Enquanto não houver vacina não há refrescos ao ar livre, nem convívios à lareira. Entretanto temos que suportar as medidas que nos protegem tolhendo os movimentos. E esse é também um outro problema. Já há revoltas. Os "arautos da liberdade e da justiça" já andam numa roda viva. Os comunicadores da Cofina mentem e não desmentem. Têm agora um deputado que lhes dá a maior segurança. Um fascista repugnante que não se importa de fazer figuras tristes. Autarcas em busca de protagonismo parolo saltam para os écrans em pose de heróis denunciadores e reivindicativos. As Felgueiras, os Júdices, os perguntadores da RTP e os idiotas inúteis que povoam as redes sociais andam num desalinho. Nas conferências de imprensa pergunta-se se chove sobre o molhado. Ignoram-se respostas e volta-se a perguntar o anteriormente perguntado. É uma festa que os comunicadores de vão-de-escada não dispensam.
Convoquei Shakespeare para o título deste badalar porque defendo que é na literatura que encontramos a melhor maneira de olhar para isto. Temos essa vantagem. O fascista da Cofina e os comentadores manhosos desprezam o conhecimento que os denuncia. Vamos ter de denunciar muita coisa. Esta gente é perigosa e não se preocupa com o nosso futuro. Preferem o passado e um futuro manhoso para eles próprios. Sim, eles não se importam com sofisticações artísticas e literárias. São toscos e malcriados. Só lhes interessa a criação de riqueza financeira. A deles, é claro. Num futuro próximo veremos o que vai mudar. Depende de nós. Não de todos, mas dos que temos saudades do futuro. Vamos lá a ver se tudo isto não passou de um pesadelo.
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