domingo, 5 de abril de 2020



O ATELIÊ DO ARTISTA | IDENTIFICAÇÃO DE UM PROJECTO
As actividades visuais e performativas na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal.
Pretende-se com este projecto de raiz exposittiva mostrar à cidade as preocupações estéticas que abraçam na actualidade o mundo das artes em geral e das artes visuais em particular.
Trazemos a este espaço artistas de grande prestígio nacional e internacional.
Tentamos enquadrar artistas locais com a exigência das propostas mais ousadas, contrariando a ideia do artista local como cedência a um regionalismo obviamente pouco cosmopolita e apologista da “habilidade”. 
Abrimos, em 2012, com duas exposições documentais concebidas e produzidas na Casa: JOSÉ AFONSO - Geografias de uma vida, e ANTÓNIO GEDEÃO - O príncipe perfeito.
MAS QUEM VENCER ESTA META, QUE DIGA SE A LINHA É RECTA foi outra exposição documental feita por nós. Abordou o Design de Comunicação nas capas dos discos de José Afonso e contou com a presença dos seus autores: João de Azevedo, José Brandão, Alberto Lopes e José Santa-Bárbara. 
Os artistas inscritos nos catálogos dos nossos dias que nos honraram com os seus trabalhos foram: Henrique Ruivo, José Mouga, João Jacinto, Manuel San Payo. Pedro Chorão, João de Azevedo, Jina Nebe, João Limpinho, Vitor Pomar, Carlos Barão, Jochen Bustorff e Andreas Stöcklein (A exposição de Stöcklein integrou-se numa inciativa da Galeria Ratton).
A galeria funcionou também como montra da ilustração feita em Portugal, isto antes de existir o Espaço Ilustração. Mostraram aqui trabalhos seus André Carrilho, António Jorge Gonçalves, José de Lemos, José Ruy e Manuel João Vieira, mas também muitas mais ilustrações e ilustradores integrados no projecto editorial e expositivo SÉRGIO GODINHO e as 40 ilustrações, em parceria com a Abysmo. 
A Festa da Ilustração tem a galeria da Casa da Cultura como espaço para o ilustrador contemporâneo convidado: André Carrilho foi o primeiro, seguido de António Jorge Gonçalves, Nuno Saraiva, João Fazenda e Cristina Sampaio.
Aqui de perto ou emergentes: Ricardo Campos, Ana Curto, Mónica Garcia, Rui Cardoso, Rita Melo, Ricardo Crista, Gamy Fernandes, Carlos Pereira da Silva, Constança Villaverde Rosado e Bernardo Sousa Santos.
Fotógrafos e fotografias: João Francisco Vilhena, Flávio Andrade, Cristina Homem de Mello, Estelle Valente, Fernando Pinho, António Correia, Graça Ezequiel, Zica Capristano, Jorge Gonçalves. As exposições foram na maior parte originais. Propostas feitas aos artistas. Destaco o desafio a João de Azevedo para desenvolver a ideia da capa do álbum de José Afonso - Com as Minhas Tamanquinhas. Resultou. Levou o artista a expôr esses trabalhos e consequentemente o projecto a outras galerias de cá e de lá de fora.Também José Mouga desenvolveu uma impressionante mostra de pinturas originais de grande dimensão a que deu o título de Notas de Viagem. Esta exposição teve posteriormente um percurso por várias galerias nacionais. Todas estas iniciativas são acompanhadas por um documento impresso, em que se incluem textos de alguns críticos da actualidade e outros de minha autoria. Memória futura.
Pretende-se pois, inscrever a maior seriedade intelectual ao que aqui se produz. A intenção primeira é estarmos envolvidos na respiração e transpiração das artes dos nossos dias. Este tempo de adiamentos vai ditar reprogramação, mas para os próximos tempos estão confirmadas mostras de Teresa Magalhães. Sofia Areal, Maurício Abreu, Manuel Baptista, Fernando Martins, Cruzeiro Seixas, Vera Marmelo, Teresa Ferrand, Cristine Henry, Domingos Rêgo, Francisco Salgueiro, Duarte Belo, Avelino Sá, Luca Padroni, Rita Vilhena, entre outros. Os convites a artistas estendem-se a 2023. Estamos a ajustar nas agendas.A realidade ditará o regresso de exposições ao espaço público. Entretanto vamos mostrando o que se vai fazendo, mas sem proximidade. É o que é possível.
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