segunda-feira, 2 de março de 2015

REPÚBLICA DAS BANANAS  Pedro Passos Coelho é primeiro-ministro do país Portugal. No país Portugal, o não pagamento de contribuições é obrigatório. Os descontos para a Segurança Social têm de ser cumpridos. Podem prescrever, mas têm depois consequências na reforma. Pedro Passos Coelho tem a obrigação de saber isto. Foi deputado. É primeiro-ministro do país Portugal. Eu, cidadão comum, sei do que falo. Há muitos anos, quando saí de um emprego para me estabelecer por conta própria, paguei o período em que estava a instalar a actividade porque é assim que tem de ser. Mais recentemente, fui acusado por uma repartição de Finanças de não ter feito um pagamento que efectivamente tinha regularizado no seu tempo. Engano deles, é claro. Isto num período em que as Finanças me deviam uma quantia semelhante. Andei naquilo durante meses. Empresas para que trabalho foram avisadas pela dita repartição desse meu "incumprimento". Tudo foi esclarecido, mas não fui recompensado dos males causados pelo Estado português. Não recebi juros nem isso foi contemplado ou referido sequer. Dito isto, tenho a dizer que a indignação me consome. O Estado tem filhos e enteados, pelos vistos. É evidente que não recomendo a Pedro Passos Coelho uma solução à japonesa. Mas podia fazer o que já deveria ter feito há muito. Demitir-se. Era o mínimo.
facebook