JOSÉ QUITÉRIO | A gente comprava o jornal e ía logo ver o que o José Quitério tinha para dizer. Não interessava se a seguir íamos ou não ao restaurante trinchado. A delícia estava na prosa. Foram anos nisto. Agora retirou-se. Há dias falei com ele ao telefone. Quis convidá-lo para dar um salto a Setúbal, para um Muito cá de casa em que participaria ele e Paulo Moreiras. O livro Pão e Vinho, do Paulo, seria o motivo da festa, mas previa-se um agradecimento ao cronista que tão saborosas crónicas nos serviu. José Quitério não aceitou. As razões compreendem-se: não se sente em condições de encarar pessoas devido aos problemas de visão que o afectam. Mas a conversa foi deliciosa, como sempre. E foi-me comunicada uma surpresa. Vai haver novo livro. Mantenho em segredo o enleio da coisa, mas desde já garanto que isto não fica por aqui. O que José Quitério escreve deve ser comemorado. O dia do lançamento será um dia de bem comer, perdão, de bem ler. Obrigado, José Quitério. Até já.
A partir de notícia Expresso
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