quinta-feira, 17 de novembro de 2011



O BAIRRO | Parece que a Câmara de Lisboa quer resolver o problema. É bom. A confusão que estas lojas instalaram no Bairro Alto estava a convencer-me ao afastamento de sítios que frequento há anos. Ninguém gosta de se divertir e conviver entre os despojos dos outros. Eu pelo menos não. Bom fim-de-semana.
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A BEM DA NAÇÃO | Os homens da famosa troica aprovaram muita coisa, mas também há muita coisa que não lhes agradou. As novas tendências políticas ditam que para chefes de governo devem ser investidos tecnocratas. A demissão de António Borges de quadro do FMI é tudo menos inocente. Provavelmente já escolheram quem vai ser o próximo primeiro-ministro de Portugal. Cavaco só precisa de assinar por baixo.
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REPARO PROPOSITADAMENTE POPULISTA:
Muito riso, pouco siso
, diz o povo.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

QUEM DÁ E VOLTA A TIRAR AO INFERNO VAI PARAR | A negociação entre a Igreja Católica e o Governo, com vista à definição dos feriados que devem ou não permanecer, parece uma brincadeira de meninos pequenos - Podes tirar duas comemorações religiosas se eliminares igual número de feriados civis. Num Estado laico, para além da semelhança com uma vulgar brincadeira de garotos, é ridículo.
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terça-feira, 15 de novembro de 2011



VASCO VOLTARÁ | E não é que Vasco poderá voltar mesmo? António de Sousa admite a nacionalização de todos os bancos. Confusos? Claro. Mas parece que o homem sabe do que fala. Ou será que já ninguém diz coisa com coisa?!
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

QUEM AVISA... | Não será já tempo de o dr. Passos adquirir um bilhete de avião (mesmo em executiva, sem complexos populistas), para enviar o ministro Álvaro para o seu sossego de Vancouver? É que o homem não acerta uma quando fala.
E quando não fala teme-se o pior.
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sábado, 12 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ESTADO DO ORÇAMENTO | O proselitismo continua. A conversa é sempre a mesma. Vivemos acima das nossas possibilidades. Gaspar das Finanças assegura que assim é. Todos sabemos que os reformados, os desempregados, os empregados que ganham pouco mais de quinhentos euros (grande parte da população que trabalha), são uns consumidores compulsivos. Gastam que nem loucos os soberbos salários. É preciso evitar que essa gente gaste como se não houvesse amanhã. Temos que evitar que gastem à toa. Gaspar e Passos têm razão. Só há mesmo um caminho: empobrecê-los.
Entretanto continuam a ser nomeados por essa Europa fora tecnocratas para chefes de governo. Sintoma dos tempos que vivemos. A política volta dentro de momentos.
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

JÁ NÃO HÁ CASAMENTOS, SÓ FUNERAIS | Não há governo europeu, seja de maioria absoluta ou simples, que não esteja à beira de dificuldades. O dr. Passos convenceu o povéu de que a culpa estava instalada em São Bento e que com ele tudo se resolveria com justiça e equidade. O senhor que lidera a oposição grega esteve atento à campanha do dr. Passos e adoptou-a. Governo de unidade nacional sim, mas sem o primeiro-ministro em exercício. Espanha vai ter o que não merece. Berlusconi fez as malas e não deixa saudades. O perigo espreita França. A política está a ser substituída pela tecnocracia. Corremos o risco de termos os governos europeus minados de gasparzinhos. Este sono profundo da política é perigoso. É preciso que acorde. É urgente.
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UM CLÁSSICO | Não vou recandidatar-me e sinto-me mesmo libertado, diz Berlusconi. A festa acabou a bordo. Quando o barco fica instável, os seres rastejantes são os primeiros a abandonar a embarcação. Mal por mal, antes assim.
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TOLERÂNCIAS | O respeito pelos ajustes das tolerâncias de ponto tem dias. Ou por outras palavras: tem zonas. Na Madeira continua a desbunda. Ninguém pára o progresso da região.
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

sábado, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011



O BAIRRO | O Bairro Alto, em Lisboa, é ponto de encontro e diversão para muita gente. Eu sinto-me lá bem. Almoço e janto com frequência por aquelas bandas. Os restaurantes de qualidade espreitam nas velhíssimas fachadas. O Fidalgo preenche-me os apetites. O Papa Açorda também, quando a bolsa se apresenta mais generosa. O Esperanza, o Caracol e mais um ou outro também fazem parte do rol. O Frágil continua de pedra e cal, e o NovaTertúlia permite convívio bem agradável. O Fado também lá mora e faz boa companhia. Recentemente, a Câmara Municipal resolveu encetar guerra aos horríveis grafites. O casario ficou muito mais composto. As ruas ficaram mais limpas. Quando tudo parecia estar no bom caminho, surge uma praga que ameaça a limpeza e a segurança dos frequentadores: as chamadas lojas de conveniência. Cerca de doze destas lojecas manhosas já conspurcam a paisagem do Bairro. Fornecem cervejas de litro, vinho barato, e outras bebidas espirituosas capazes de causar a grande bebedeira sem grandes custos. Os utensílios abandonados jazem no chão, ou voam por cima das cabeças quando as litradas já transbordam dos corpos. Depois, os alegres convivas invadem as instalações sanitárias dos bares e restaurantes que, por pagarem impostos mais salientes, têm de vender as bebidas a preços mais elevados. O horário destas inconvenientes lojas é livre. A Câmara Municipal já impôs um limite para o funcionamento: Encerramento à hora do comércio tradicional. Os inconvenientes "comerciantes" reagiram com uma providência cautelar. Agora está tudo como dantes. Um mercado sem qualidade existe em paralelo com outro que é exigente. Os verdadeiros comerciantes do Bairro Alto estão carregados de razão. Agora esperam que a Justiça actue. Entretanto, muita garrafa de vidro vai rolar por aquelas ruas. É mau. Muito mau.
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011



PIMENTA NO TOPO DO BOLO | A decisão do governo grego não provoca espanto. Perante o descontentamento crescente, alguma coisa teria que se arranjar. O que é espantoso é como aguentou Papandreou tanto tempo. O ruído grego vai alastrar a todos os noticiários. E vai deter todas as preocupações. Esperemos que não abafe a desgraça anunciada no orçamento de Gaspar, Álvaro e Passos. Pimenta a mais no prato dos outros não desculpa o nosso prato vazio.
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terça-feira, 1 de novembro de 2011



NOVA TRAGÉDIA GREGA | O primeiro-ministro grego propõe ouvir o povo sobre as políticas a tomar. A Grécia está em cacos. A Europa insiste em medidas banais sem vislumbre de resultados. A confusão está instalada. A Europa não consegue moderar a crise. Uma tragédia que tem na Grécia uma representação permanente. A tragédia grega é a tragédia europeia. Há mais países à espera de entrar em cena. Podemos pôr a barbas de molho.
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