DEAMBULATÓRIO | Tomás Vasques, no Hoje há conquilhas
Há, nos olhos meus, ironias e cansaços | O regime democrático saído do 25 de Abril de 74 e do 25 de Novembro de 75 está assente na alternância entre o PS e o PSD. Descontando os 3 governos de iniciativa eanista e os dois anos de coligação PS-PSD, os socialistas somam 14 anos de governo e os sociais-democratas 16, mais dia, menos dia. Os males estruturais que nos afectam, desde a despesa pública à competitividade da economia, não podem deixar de ser obra dos dois partidos, sobretudo do PSD que definiu o «caminho de desenvolvimento» na década a seguir à integração de Portugal na EU, quando os fundos e os meios jorravam como petróleo. O quinto líder do PSD (e o seu núcleo duro), depois do último que foi eleito primeiro-ministro, decidiu sujeitar o país a eleições, ano e meio após a eleição do actual primeiro-ministro, com receio de ser apeado antes de ter a oportunidade de disputar o cargo. Como escreve Pacheco Pereira: «Algumas dessas personagens estão já muito contentes à espera do seu lugar de ministro e de secretário de estado, e, os favores que prestam às lideranças que eles próprios fabricam, serão certamente pagos.» O país que se borrife. Ou como disse ontem Paulo Portas: «É agora ou nunca».
Há, nos olhos meus, ironias e cansaços | O regime democrático saído do 25 de Abril de 74 e do 25 de Novembro de 75 está assente na alternância entre o PS e o PSD. Descontando os 3 governos de iniciativa eanista e os dois anos de coligação PS-PSD, os socialistas somam 14 anos de governo e os sociais-democratas 16, mais dia, menos dia. Os males estruturais que nos afectam, desde a despesa pública à competitividade da economia, não podem deixar de ser obra dos dois partidos, sobretudo do PSD que definiu o «caminho de desenvolvimento» na década a seguir à integração de Portugal na EU, quando os fundos e os meios jorravam como petróleo. O quinto líder do PSD (e o seu núcleo duro), depois do último que foi eleito primeiro-ministro, decidiu sujeitar o país a eleições, ano e meio após a eleição do actual primeiro-ministro, com receio de ser apeado antes de ter a oportunidade de disputar o cargo. Como escreve Pacheco Pereira: «Algumas dessas personagens estão já muito contentes à espera do seu lugar de ministro e de secretário de estado, e, os favores que prestam às lideranças que eles próprios fabricam, serão certamente pagos.» O país que se borrife. Ou como disse ontem Paulo Portas: «É agora ou nunca».