O PCP lamentou a atribuição do prémio Nobel da Paz 2010 ao chinês Liu Xiaobo. Este dissidente teve a ousadia de encabeçar os protestos na praça Tiananmen, em 1989, e foi condenado por um tribunal de Pequim a 11 anos de prisão, acusado de «subverter a ordem estabelecida». Os comunistas portugueses, em memória dos seus presos políticos no tempo da ditadura, deviam ter vergonha deste comunicado. Mas, por outro lado, o PCP ficou surdo e mudo, à sucessão dinástica na Coreia do Norte, onde por ordem do monarca Kim Jong Il, o seu filho, Kim Jong Un, de 26 anos, é nomeado general de 4 estrelas, dirigente do partido, membro do governo e sucessor do paizinho. Quando, em Portugal, o PCP fala em «democracia» já toda a gente sabe do que fala.