sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Atendimento - Voz dos pacientes


Opiniões de pacientes do B'O, assistidas pelo cirurgião de serviço.
(comentários recebidos por correio electrónico).

O “Caso Crespo” dominou o correio enviado pelos prezados pacientes. O insulto instalou-se. A estupidez dominou. O apelo a “correctivos” de vária ordem foram sugeridos. Provavelmente inspirados pelos tempos em que Crespo coadjuvava Kaúlza de Arriaga (foto). Lixo, portanto. Os comentários dos dois pacientes aqui divulgados destacaram-se dessa vulgaridade. Merecem resposta. É isso que vou fazer. Com muito gosto.

Crespo - Tem piada: não lhe vi escrita uma linha sempre que o Mário Crespo, na Sic Notícias, se farta de dizer mal do Presidente da República. Nessas alturas deve ser um jornalista isento, independente e exemplar, não é?... Os meus cumprimentos.
(H. Nascimento Rodrigues)
Cirurgião de serviço - Caro Nascimento Rodrigues: ainda bem que acha piada a isto. É para isso que cá estamos. Mas não leu atentamente o meu comentário sobre o grande Grespo. Eu disse que já o tinha arrumado há muito, logo, não lhe passo cartão. Portanto não sei o que diz ou não diz do Presidente da República. Mas, pelo que oiço dizer por aí, parece-me que também não é muito razoável nas provocações que dirige ao Presidente. Enfim, feitios. O que realmente se passa agora é que o grande comunicador transformou um caso pessoal em notícia nacional. Ou seja, saiu da loja que tem na SIC-N. Mais, o seu egocentrismo é tal que quer mesmo transformar o caso em acontecimento politico. E isso acho que não tem piada nenhuma.
Já agora: esta é a minha loja, não tenho de ser imparcial. Falo do que me apetece e a mais ninguém me obriga. Não sou jornalista, nem assinei pacto algum com nenhum sindicato. Respeitosos cumprimentos. (JTD)


Mais Crespo - Acha que é digno de um Primeiro Ministro dizer o que o Primeiro Ministro de Portugal disse de Mário Crespo? Acha que é correcto?
(José Alcobia)
Caro José Albobia: não sei se o primeiro-ministro de Portugal disse o que Crespo diz que ele disse. Se disse, percebe-se a inabilidade. Sócrates é um politico de topo, tem responsabilidades e deve perceber quem está à sua volta. Acho acima de tudo incorrecto o termo “tem de ser arrumado”. Mas eu não estava lá. Pouco mais posso dizer. Já agora, o José Alcobia conhece um texto de Crespo que correu pela blogosfera, intitulado O Palhaço? Será Crespo um justiceiro implacável e impune? Houve quem achasse aquela porcaria prosa de luxo. Enfim, dimensões literárias.
Concluindo: Como cidadão, Sócrates tem o direito de pensar e dizer o que lhe der na tola. O Crespo que me entra lá em casa, em poses de grande comunicador, já foi arrumado no caixote das coisas sem importância nenhuma há muito tempo. Mas eu nunca fui, não sou, nem se perfila que seja (para bem do Pais) governante. Posso dizer o me der na gana. E só aqui passa quem quiser. Um privilégio, reconheço.
Muito obrigado pelo seu comentário. Até sempre.(JTD)