sábado, 17 de maio de 2025
Bico calado
sexta-feira, 16 de maio de 2025
Quem boa cama fizer nela se deita
Esta seria frase que a minha avó encontraria para classificar estas opções eleitorais. A sondagem hoje revelada pelo Público coloca o vigarista de bairro como vencedor absoluto desde que se alie aos ajustadores "mileinistas" da IL. E o escroque fascista dos chiliques desce mas pouco, apesar das "mariquices" exibidas (para usar a sua linguagem troglodita).
Claro que as sondagens valem o que valem, e cada um dá valor ao que lhe der na gana, mas tudo indica que há uma percentagem elevada do nosso povo que não se importa de ser governado por um vigarista sem escrúpulos, que mantém negócios manhosos mas altamente lucrativos, mesmo quando é primeiro-ministro e não tem medo de ninguém, nem está para perder tempo com rigores democráticos e republicanos, que isto é mesmo assim. Claro que a AD não vai conseguir aplicar o programa já à partida irrealista, aliada ao programa também irrealista mas no sentido contrário dos severos neoliberais. São todos neoliberais, é certo, mas uns mais neoliberais do que outros. Quanto às sondagens, que valem o que valem, espero que lhes cague o cão no caminho, como dizem os antigos.
Miguel de Castro
Vamos Conversar sobre Miguel de Castro e sobre a sua poesia. Vamos conversar das suas relações de amizade com outros grandes poetas portugueses. Da sua exigência e da sua ousadia estética. Miguel de Castro é um grande poeta em qualquer parte do mundo. Vamos conhecer os autores que o influenciaram. Vamos falar de Literatura autêntica, sem falsos aromas e sem rodriguinhos. Vai ser neste sábado, às quatro horas da tarde, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal. Apareçam.
quarta-feira, 14 de maio de 2025
Coitadinhos dos fascistazinhos
O povo gosta de vítimas. Agora os fascistas são uns choramingas. Puseram de lado as botas cardadas. Querem ser os coitadinhos da parada. Pensam assim entrar melhor no coração e cérebro (os que têm um) dos que elegem energúmenos em número elevado. Tão fofinhos que são os fascistazinhos. Quem quer votar no fascistazinho, que é tão rico e bonitinho?
terça-feira, 13 de maio de 2025
Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis. Bertolt Brecht
segunda-feira, 12 de maio de 2025
domingo, 11 de maio de 2025
Não é não!
Vigaristas de bairro, mentirosos compulsivos e outros inventores de histórias fantásticas arrastam-se por canais e redes de comunicação nas suas campanhas de vitimização e apelos ao voto. São descaradamente mentirosos, arrogantes, malabaristas de um circo caduco e triste. Não, não são estabilidade e muito menos progresso. São garantia de um tenebroso regresso a um passado que apontam como caminhos perfeitos.
Dos limites
Nuno Filipe da Costa procurou nas artes visuais a maneira de se exprimir. Tornou disso profissão. É professor da área. Mas a curiosidade intelectual levou-o às leituras e isso sugeriu que experimentasse os teclados para escrever o que o apoquenta. Tanto deu ao teclado que o resultado deu livro. O primeiro livro está aí. É sobre essa experiência que vou conversar com ele no próximo sábado ao fim da tarde, no espaço João Paulo Cotrim, da Casa Da Cultura | Setúbal.
Miguel de Castro
quinta-feira, 8 de maio de 2025
O marinheiro de águas turvas
quarta-feira, 7 de maio de 2025
Luiz Pacheco completaria 100 anos hoje, neste dia 7 de maio. Setúbal tem um programa que assinala e celebra esta vida singular. Todas as vidas são singulares, mas há umas mais singulares que outras. Recordaremos Luiz Pacheco no seu papel na Literatura e na edição literária. Não nos peçam polémicas maldosas e de má-língua de literatura de cordel seboso. Estamos fora.
No próximo sábado abre, na Casa da Cultura, Setúbal, uma mostra também singular: é uma exposição/livro, concebida a partir da COMUNIDADE publicada pela Contexto em 1980. As ilustrações são de Teresa Dias Coelho. Lindíssimos desenhos que abordam as cenas que preenchem as páginas do livro. Este é um dos trabalhos literários mais intimistas de sempre. O texto de COMUNIDADE foi considerado um dos mais importantes textos em língua portuguesa, pelo linguista e historiador da literatura Óscar Lopes.
Teresa Dias Coelho é uma artista visual com trabalho que merece atenção. Expõe em muitos lugares por esse mundo com assinalável reconhecimento. Desenho e pintura com sensível percepção do corpo e do gesto. Solidões urbanas. Paisagens pouco frequentadas. Ambientes intimistas exibidos em desenho apurado e depurado. Acontece que também é filha de um outro artista com obra ainda por avaliar com rigor e justiça, na opinião de David Santos. José Dias Coelho, escultor e gravador, foi assassinado pela PIDE, em 1961, numa rua de Alcântara que hoje tem o seu nome. Este crime foi mote para a composição de José Afonso "A Morte Saiu à Rua". José Dias Coelho teria feito 100 anos em 2023, mas uma estranha invisibilidade enublou a data. É urgente percebermos o que fizeram estes homens e mulheres que lutaram pela liberdade de todos, pagando com a sua própria vida. A liberdade não caiu do céu. Muita gente sofreu para que hoje pudéssemos gritar em liberdade: fascismo nunca mais. Nunca mais.
terça-feira, 6 de maio de 2025
Ir mais além
Francisco Salgueiro vai expôr o seu trabalho no espaço João Paulo Cotrim, da Casa Da Cultura | Setúbal.Fotografou esses ambientes nos Açores e escreveu este texto para a gente perceber melhor o que o moveu:
Olhares do andarilho
As capas dos 13 LPs de José Afonso foram surpresa no tempo das primeiras edições e continuam a ser, agora nas reedições, produtos visuais de grande qualidade gráfica.
Esta exposição, desenhada para a iniciativa ILUSTRAR A FRATERNIDADE, tem adicionados outros objectos que justificam a amizade de José Afonso com os designers envolvidos na tarefa de embrulhar e dar a ver ao mundo o trabalho do músico genial. Mas isso é surpresa. Vou estar a conversar sobre tudo isto com Henrique Cayatte, Ana Nogueira e Viriato Teles. O encontro está marcado: Grândola, Biblioteca e Arquivo, dia 9 de maio, pelas seis da tarde. Venham, e tragam um amigo também.segunda-feira, 5 de maio de 2025
Jorge Santos
Nunca estamos preparados para reagir a uma notícia triste que nos remete para os lugares em que fomos felizes. O fim é sempre inesperado. A morte é o último episódio de uma série de vivências que dariam filmes e mais filmes. Todos estamos no corredor, mas disfarçamos os dias fazendo por sermos autênticos, por assim dizer. Queremos ser felizes, ou ter uma vida normal, que é praticamente o mesmo, e é por isso que nos encontramos. Fazemos amigos. Conversamos, festejamos efemérides, divertimo-nos uns com os outros. Também trabalhamos e procuramos originalidades. Somos curiosos. Temos ideias e procuramos companhia para as partilharmos. Percebemos aí a possibilidade da amizade.
O Jorge Santos é meu amigo desde a adolescência. Quando o conheci ele trabalhava num jornal. Depois percorreu outros jornais e houve um em que estivemos juntos, o Repórter de Setúbal, ele como jornalista e eu a espalhar grafismos e a escrevinhar umas tretas. Mais tarde fiz o grafismo de uma publicação criada por ele - O Sadino: um jornal de pequeno formato, pago pela publicidade, distribuído gratuitamente nas entradas dos estádios de futebol da região que o nome denuncia. Mais tarde o Jorge foi para assessor de comunicação de uma instituição e por lá ficou até à reforma. Falta referir uma coisa: Não vivia sem humor. Penso mesmo que o humor em convívio com amigos eram o seu desporto preferido.
Antifascista, foi militante do PCP. Ainda no período fascista, no dia que se celebrava o dia do trabalhador, primeiro de maio, o Jorge passava-o no campo com os seus camaradas de trabalho. Jornalistas e gráficos tinham esse saudável hábito. Conheceu Luiz Pacheco e foi com ele que conviveu em muitos desses encontros. Nos últimos anos, sempre que se assinalava este dia, ele colocava na sua página desta geringonça uma fotografia desse convívio. Este ano não o fez. É por isso que o faço eu. Faço-o com a tristeza a minar-me gestos e raciocínio. Estou triste. Muito triste. Estas palavras são a minha homenagem a uma vida que valeu a pena.
Voando sobre um ninho de cucus
Este título remete obviamente para o livro de Ken Kesey, adaptado para o cinema por Milos Forman. Protagonista: Jack Nicholson.
Nota: Confesso que só escrevi este texto depois de ter confirmado que isto é mesmo verdade. A imagem foi criada por inteligência artificial, mas publicada oficialmente pela Casa Branca. Parece mentira, mas é verdade. É absolutamente verdade que os EUA estão a ser liderados por um doido varrido, para além da acumulação com canalhice criminosa.
domingo, 4 de maio de 2025
Este caso Spinumviva/Montenegro exibe uma desfaçatez fora de qualquer classificação. Montenegro acha-se indispensável. Insiste pensando que o seu lamentável caso é encoberto pelo exercício do poder. Um indivíduo a quem não se conhece uma atitude política que valha a pena referir e a quem apenas se reconhece vontade de ganhar dinheiro, aliando a vontade de juntar o poder económico ao poder político, quer convencer os incautos de que é de uma honestidade que só visto. Ora, honestidade nesta gente é uma couve. Veio um burro e comeu-a. Os aconchegos entre o público e o privado na educação e na saúde vão crescer como erva daninha se ele conseguir levar a água ao seu moinho, permitindo assim a destruição total da educação e da saúde pública. Quem quer saúde e educação paga caução à entrada e cota permanente.
sábado, 3 de maio de 2025
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
Hoje é dia de assinalar a liberdade de sermos informados em liberdade. Sem censura. Esta é também uma conquista de Abril.
Fraternidade ilustrada
Hoje vamos ilustrar com palavras as imagens que pendurámos nas paredes da Galeria da Biblioteca e Arquivo de Grândola. Os cartazes pertencem às coleções do Arquivo Ephemera e Biblioteca Silva, e representam ambientes políticos e culturais do período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974. Este cartaz que apela ao voto no PSR é da autoria de Jorge Colombo. E temos por aqui cartazes assinados por outros artistas que também cresceram e impuseram o seu trabalho. Muitos trabalhos não estão assinados, são reconhecidos pela linguagem gráfica. Vespeira, João Abel Manta, Gil Teixeira Lopes, Vieira da Silva, José Brandão, entre outros, convivem nesta exposição. É uma sala repleta de cor e de alegria. Hoje vou conversar com José Pacheco Pereira, Jorge Silva e Ana Nogueira. Vamos pôr estas imagens a falar. Até já.
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Carneirada

Ilustrar a fraternidade
Este projeto que estamos a desenvolver em Grândola é mesmo um acontecimento que puxa o prazer da conversa. É por isso que vamos estar todos juntos no próximo sábado. Vamos conversar com os responsáveis pelas coleções do Arquivo Ephemera e Biblioteca Silva, respetivamente José Pacheco Pereira e Jorge Silva, e vamos percorrer a exposição que recria o ambiente das paredes das cidades depois de Abril de 1974. A cor inundou as paredes. A arte gráfica tornou-se popular. Hoje tudo isto é diferente. Também vamos disso. Quem estiver em Grândola ou lá por perto, apareça. Vale a pena conversar sobre o que nos faz bem.
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Prémio Nacional para o Plágio
O vigarista de bairro levou um plagiador de canções de algibeira a comemorar o primeiro de maio na residência oficial dos presidentes do conselho de ministros. O plagiador e o vigarista de bairro cantaram e encantaram mano-a-mano. Foi o delírio. Um grande momento de alta cultura. O plagiador está preocupado com o pouco interesse que os governos demonstram pela cultura, como se ele soubesse o que isso é. A não ser que queira reconhecimento maior pelo plágio. Provavelmente o vigarista de bairro vai sugerir nos orgãos que dirige que o plágio deixe de ser crime. Talvez até proponha que passe a ser prémio. Posso sugerir um título? PRÉMIO NACIONAL DO PLÁGIO TONY CARREIRA. Fixe, não é?
Um dia diferente
Há quem vá festejar o Primeiro dia de Maio, dia do trabalhador, ouvindo um cantor manhoso no sítio onde reside oficialmente um primeiro-ministro manhoso. Percebemos os pontos em comum entre um e outro, para além dos implantes capilares. São culturalmente parolos. Mas também a UGT escolheu música de arrebimba o malho. É o inenarrável Toy o animador musical. Num lado e noutro a música, essa coisa tamanha, vai para outro lado, com toda a certeza.
quarta-feira, 30 de abril de 2025
O tempo dos vigaristas de bairro
Parece que o vigarista de bairro adoptou o estilo do fascista Ventura e desatou na verborreia eleitoral passando por cima de perguntas dos jornalistas.
O vigarista de bairro domina e elimina perguntas não respondendo. O vigarista de bairro é um cínico pantomineiro. Mas palavroso, é claro. Os vigaristas são assim. Os de bairro e os outros - os que são políticos de direita. Mas parece que é disto que o eleitorado maioritariamente gosta. Todas as sondagens prometem o pior: vamos ter um vigarista a envergonhar-nos na governação do país. Os eleitores que nesta gente vota não querem saber do cinismo e da farronquice. As percepções são evidências. O vigarista de bairro sabe falar aos incautos. Os incautos percebem a vigarice mas põem isso para trás das costas, aliás, gostavam de ser assim - eficazes vigaristas. Vigarista é vigarista. Teme-se o pior.segunda-feira, 28 de abril de 2025
Grafismos em liberdade
GRÂNDOLA. 3 MAIO, SÁBADO. 18:30 - Debate GRAFISMOS EM LIBERDADE.
Participações de José Pacheco Pereira, Ana Nogueira e Jorge Silva. Moderação de José Teófilo Duarte.
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