terça-feira, 30 de junho de 2009
Dancemos
Há pessoas que mudam o mundo nem que seja um bocadinho. Pina Bausch mudou muita coisa. Mudou as maneiras de dançar e de ver o que se passava à sua volta. Mudou o que tinha de mudar mais o que não parecia possível. Morreu. Dançarinos dançai. Dançai até que as pernas cedam. Depois fica a voz. E a luz. E a vontade de continuar esta dança que é a vida. É preciso dançar e dizer que se dança. É preciso ver. Ver com os olhos e com o corpo todo. Que é a forma mais sincera de olhar.
Obrigado Pina Bausch.
Simbolismos
O sr. Madoff, homem de muitos expedientes e raciocínios económicos e financeiros brilhantes, foi condenado a pesada pena de prisão. "Pena simbólica", dizem os juízes. Pelo arrependimento demonstrado, espera-se que Bernard Madoff saia da prisão com um elevado potencial de bondade e capacidade de integração na sociedade. Sociedade que será completamnete diferente na altura, mas que com certeza aceitará o hábil financeiro de braços abertos. Faltam só 150 anos.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Manual de poupança
Defender o mesmo dia para as eleições autárquicas e legislativas, argumentando com os custos elevados, é completamente falacioso. Só o PSD defende a mesma data. O que revela a falta de senso do partido de Manuela Ferreira Leite. Cavaco Silva fez bem. Esta escolha terá outros custos. A Democracia tem custos. Mas precisa de funcionar com eficácia. A solução do "dois em um" é de uma tonteria inaceitável. Já agora, porque não acabar com eleições?
Ficava mais barato.
domingo, 28 de junho de 2009
Somos revolucionários. Seja qual for a revolução
Chávez, o "todo poderoso" da Venezuela, está preocupado com os ataques do império americano à revolução islâmica. Foi assim que se referiu à posição dos EUA face aos recentes acontecimentos no Irão. Hugo Chávez tem um manual revolucionário que pretende cumprir à risca. Seja qual for a revolução. Esta preocupação traz-nos uma certeza: Obama está certo. Chavéz é um parvalhão de todo o tamanho.
Que força é esta?
Esta entrevista a Pedro Santana Lopes, no DN, é um festival de contradições. O estilo levezinho e simpaticozinho de trazer por casa é lei no discurso do tio Lopes. Avizinha-se o regresso das trapalhadas, caso regresse. Se os lisboetas para aí estiverem virados, resta encontrar a porta de saída. Mas parece que os responsáveis pelas alternativas estão pouco preocupados com isso. Não sou de frentismos, nem faço a apologia de "sacos de gatos ressabiados" com vontades diferentes de usar as garras, mas, perante esta balbúrdia que inevitavelmente se instalará na Praça do Município caso a direita regresse, assalta-me a dúvida que me incomoda desde há muito: que força é esta que permite uniões entre todas as direitas, mas que não assegura a possibilidade de entendimentos à esquerda? Vamos pensar nisso?
Provedor com dor
Finalmente há Provedor de Justiça. Os partidos capazes de encontrar a solução, encontraram-na. O percurso que esta novela percorreu raiou a vergonha e fragilizou as possibilidades de entendimento entre os defensores do chamado bloco central. A coisa soou a birra infantil. Não há centralidades que aguentem tanta rivalidade. Até o candidato escolhido pelo partido maioritário para o cargo, Jorge Miranda, saltou para o estrado para dizer o que não deveria ser necessário dizer: que não precisava do lugar para nada. Não é isso que se deve pedir a todos os que ocupam cargos públicos? Para os necessitados de emprego há o Rendimento Social de Inserção. Não é o caso. Ainda bem que Miranda ficou pelo caminho.
sábado, 27 de junho de 2009
No Chiado à tardinha...
Esta banda andou a promover a 7ª Festa do Jazz do São Luiz.
Foi ontem à tarde no Chiado, que é um sítio onde acontecem coisas divertidas. Eu ando sempre por lá. E não quero outra coisa. Bom fim-de-semana.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Estranho como nós
Farrah Fawcett
Refeitório
Às sextas-feiras, uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier.
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quinta-feira, 25 de junho de 2009
A palavra e o silêncio
Tout ira bien por Alex Beaupain, Kéthévane Davrichewy, Valentine Duteuil, Diastème
Quando as Canções de Amor de Alex Beaupain (música do filme de C. Honoré) interagem com o romance de Kéthavane e com violoncelo de Valentine.
Do texto de promoção.
Quinta-feira, 25 de Junho, 21h30. Entrada Livre
Instituto Franco-Português
Avenida Luís Bivar, 91 | 1050-143 Lisboa
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Tropicalíssimo
Bartolomeu é angolano e escritor. Tem dúvidas sobre a qualidade literária de um certo presidente do país que experimentava uns poemas. Há uma cantora de sucesso por quem se apaixona. Há uma ex-mulher e um ex-sogro. Há amigos vítimas da situação política menos boa que o país atravessa naquele ano de 2020. Há uma Presidente da República. E há uma rapariga com uma vida complicada que cai do céu - por pouco não cai em cima de Bartolomeu. Há gente ruim, gente menos ruim e gente boa. Um mar de personagens fascinantes que não permitem o abandono deste belíssimo livro.
Marcelo Rebelo de Sousa disse, no lançamento, há bocado, na Casa da Morna, em Alcântara, que este "Barroco Tropical" é o melhor romance de José Eduardo Agualusa. É.
Humor e tretas
Dizem por aí que este humorista mete medo a Sócrates. Mete? Mas então o arrogante e autoritário primeiro-ministro (e até fascizante, segundo alguns atentos revolucionários), fica a tremer de medo com as performances idiotas de duas criaturas sem graça nem maneiras? As exibições na SIC-R são irritantes. De um reaccionarismo bacoco e ignorante. Não sou (acho que se percebe) um nostálgico da luta do PREC e dos amanhãs floridos, mas as intervenções destes rapazes são parvas e desrespeitam, sem o mínimo rigor, um período que foi o que foi. A evidente alusão a José Afonso, com sons que o fazem lembrar depreciativamente, confirmam-no e causam repulsa.
Cada vez tenho menos pachorra para estes "humoristas" praticantes da escorregadela na casca de banana.
Claro que mudo de canal. Este reparo é só para não pensarem que somos todos parvos.
Saúde e bichas.
terça-feira, 23 de junho de 2009
O orgulho do chefe Jerónimo
Jerónimo de Sousa apareceu finalmente para se pronunciar sobre o trabalhinho que estão a preparar aos trabalhadores da Auto-Europa. Como sabemos, alguns funcionários da empresa fizeram tombar a balança para a rejeição da proposta da administração. Foi uma justa decisão que enche de orgulho o líder comunista. Também o doutor Carvalho da Silva já festejou a corajosa opção dos "seus" trabalhadores. É normal que a opinião dos responsáveis alemães não coincida com a destes esforçados e fiéis amigos. Provavelmente ainda não lhes disseram que basta um estalar de dedos e a empresa instala-se onde muito bem entender e deixa os nossos compatriotas sem bagalhoça para o sustento e educação dos filhos. Mas mais provável ainda é que o saibam. Só que a provação e o desespero alheios dão um jeitão à mensagem política destes arautos do futuro risonho e sem amos.
A miséria fica-lhes tão bem...
A miséria fica-lhes tão bem...
Prémio Lemniscata
Fineza da Sofia Loureiro dos Santos: prémio para esta sala de operações. Ela explica tudo aqui.
E eu agora vou divulgar a minha lista de vencedores, que são os blogues onde me desloco quase diariamente: Der Terrorist, Hoje há conquilhas, Da Literatura, A Terceira Noite, A Barbearia do senhor Luís, Defender o Quadrado e Portugal dos Pequeninos. Sete, apenas. Conforme as regras.
Saúde.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A Mãe, de Rodrigo Leão
Rodrigo Leão dedicou este trabalho à sua mãe, que morreu recentemente. É portanto um testemunho triste. Triste, não derrotista. Convive com as coisas que a vida proporciona e é um prazer para os sentidos. A música de Rodrigo é sempre uma proposta de reflexão. Não é por acaso que foi escolhido para fazer o ambiente sonoro para "Portugal, retrato social", o programa de António Barreto. É uma música urbana, intelectual, com as louváveis ramificações às causas populares tão necessárias para quem quer entender o seu tempo.
Ana Vieira dá brilho ao disco com a sua excelente voz. Mas este trabalho de equipa que o Rodrigo dirigiu, conta também com as vozes de Melingo, que canta "Nos nada", de Neil Hannon, dos Divine Comedy, que interpreta "Cathy", e de Stuart Staples, dos Tindersticks, que dá voz a "This light holds so many colurs".
Um grande trabalho.
Parabéns, Rodrigo.
São cenouras, senhor
A neta de Che também exibe ornamentos de guerrilheiro. Embora menos bélicos: as cenouras não matam e, segundo os antigos, fazem os olhos bonitos. Esta acção da revolucionária vegetal, perdão, vegetariana, é para uma campanha da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).
Esta imagem não pretende "desprestigiar o nome que o meu avô conquistou", disse.
Alguém devia dizer à revolucionária em curso que o avô não conquistou um nome. Foi uma intensa actividade comercial que o inventou e transformou em marca de sucesso. Tal como pretendem fazer com ela agora. Só que o avozinho da menina matava gente. Ela limita-se a promover os benefícios das cenouras.
Viva a Revolução Vegetal.
Via i
domingo, 21 de junho de 2009
Deambulatório
Não me agradam as campanhas negativas, aliás neste momento nem sequer me agradam quaisquer campanhas, mas a memória não deixa esquecer a passagem de Ferreira Leite pelas Finanças, nem o estado em que ela deixou o País com as arquitecturas financeiras que inventou para esconder o desastre financeiro. Continuar a ler.
Luis Novaes Tito n'A Barbearia do senhor Luís.
Estes 28 crânios não desempenharam quase todos eles funções governativas nos últimos 35 anos; não estiveram quase todos eles à frente do sistema - com toda a carga pejorativa que o termo “sistema” carrega - bancário português; estes 28 crânios não são todos eles responsáveis pelo desgraçado estado em nos encontramos?
Continuar a ler.
José Simões no Der Terrorist.
Luis Novaes Tito n'A Barbearia do senhor Luís.
Estes 28 crânios não desempenharam quase todos eles funções governativas nos últimos 35 anos; não estiveram quase todos eles à frente do sistema - com toda a carga pejorativa que o termo “sistema” carrega - bancário português; estes 28 crânios não são todos eles responsáveis pelo desgraçado estado em nos encontramos?
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José Simões no Der Terrorist.
sábado, 20 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Refeitório
Às sextas-feiras, uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier.
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quinta-feira, 18 de junho de 2009
As saudades que não deixei
Bem sei que passaram poucos meses. Mas já repararam que aqui o rapaz do retrato desapareceu como toucinho em focinho de cão?
Enquanto Al Gore e Clinton correram mundo assim que deixaram a Casa Branca, desdobrando-se em conferências pagas com vacas gordas, o simplório do Texas nunca mais saiu do rancho. Ninguém o quer ouvir. Toda a gente percebeu que o homem não tem nada para dizer. De disparates ficou o mundo farto.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Mal menor
Lá por ter caído nas graças da oposição a Ahmadinejad, não faz de Mousavi engraçado. Foi ele que ajudou khomeini a empurrar o Irão para o estado a que chegou. Tem a sua carreira política animada por perseguições a quem dele discordou e mergulhada em sangue.
Agora é o herói de quem já não pode com o outro cara de parvo. É claro que não merece este agitar de bandeiras. O radicalismo funciona ali como droga na veia. O fundamentalismo surge de todo o lado. Em política nem sempre o que parece é. Estes arrependimentos circunstanciais fazem parte do desfile. Às vezes há desfiles manhosos.
Mas é o que se pode arranjar.
terça-feira, 16 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Os insubmissos
Esta criatura engendrou no Irão uma fraude de proporções inéditas.
No Twitter há quem não se cale: madyar e StopAhmadi.
Concordo com o Zé Simões: Os meios de informação de cá preferem outros entretenimentos a este crime contra a Democracia: a novela "Ronaldo, pézinho de ouro" continua a sua nobre caminhada pelos serões televisivos.
Escolhas.
Tempos difíceis
De regresso à crise (que é como se chama agora a este tempo em que se está a trabalhar), vou percebendo que anda por aí quem pense que não há crise nenhuma só porque uma chusma de gente foi para sul gozar de umas pequenas e patrióticas férias. Faço parte desse grupo de viajantes. Mas confirmo que a crise anda aí. Esta abalada não alterou nada. Exceptuando a hotelaria e restauração algarvias.
Digo isto porque o primeiro telefonema que atendi desferia um ataque ao facto de não me ter apresentado ao serviço na passada sexta-feira.
Já não se pode pôr o pé na água em tempos de crise?
Seremos, por isso, perigosos inimigos da Pátria?
A crise há-de passar, que diacho!
domingo, 14 de junho de 2009
Cy Twombly
Inventou uma estranha escrita. Mas decifrar esta linguagem é fácil. Twombly fornece o entendimento. Depois é olhar, olhar e perceber onde está a Grande Pintura. Às vezes estranha-se, mas quando se entranha, o difícil é abandoná-la.
sábado, 13 de junho de 2009
Cristiano, pézinho de ouro
A novela "Cristiano, pézinho de ouro" está a fazer fervor nas televisões nacionais. Até o Presidente Cavaco se sentiu obrigado a comentar: Observa de longe o fenómeno futebolístico, mas ao ser informado da maquia que envolve a libertação deste escravo dos nossos tempos, o Presidente assinalou o exagero. O dinheiro, quem o tem que o gaste, já nem me incomoda. E o rapaz, concordo com Cavaco, que seja muito feliz em terras de Espanha e Los Angeles. O que eu gostava mesmo era que os telejornais tratassem os assuntos com importância de facto. É que de telenovelas não gosto. Nunca vi nenhuma. Agora tenho que gramar esta?! Tenham dó.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Refeitório
Às sextas-feiras, uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier.
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
Fim da escravatura
A notícia abriu os jornais televisivos. Não sei se concordo com o João Gonçalves. Diz ele que hoje é que é o verdadeiro Dia de Portugal. Cristiano Ronaldo vai ser libertado do regime de escravatura em que se encontrava - foi o próprio que denunciou a sua miserável condição - para ser vendido, por quase 100 milhões de euros, aos (é aqui que reside a minha discordância) espanhóis. O pézinho de ouro vai ser vendido aos nossos não-sei-se-amigos-se-inimigos aqui do lado. E quem o vai largar são os nossos aliados de há muito, os ingleses.
Não é grande vitória, a nossa.
Mas divirtam-se.
Não é grande vitória, a nossa.
Mas divirtam-se.
Homenagens de algibeira
Ontem foi dia de homenagens pessoais a quem o país muito deve. Tudo bem: o país acha, e os achados ficam satisfeitos. As escolhas nem sempre correspondem a grandes e prolongados feitos. Ainda me lembro de Jorge Sampaio ter atribuído alta condecoração a um condutor de automóveis só porque o rapaz foi seleccionado para experimentar os pedais na fórmula 1. E agora aparece Joana Vasconcelos, aos trinta e poucos anos, com um reconhecimento por uma carreira brilhante. Não o ponho em causa. Mas o que fazer com Joana daqui a trinta anos? Põe-se num altar? Já as medalhas para Paulo de Carvalho ou Moita Flores não entendo mesmo.
Por outro lado houve o caso Salgueiro Maia. Quando o agora Presidente era primeiro-ministro, preferiu premiar, com generosas pensões, dois ex-agentes da PIDE em vez do revoltoso militar do 25 de Abril. Um dos pides contemplados foi um dos atiradores que, no dia da revolta, atirou contra a população, resultando do acto heróico uma morte.
Na altura houve grande burburinho à volta do assunto. Mas deu em nada. A arrogância de Cavaco estava em alta. Agora fez para ali qualquer coisa para juntar água à fervura. A razão puxava o sentimento: Sagueiro Maia era de Santarém, terra das comemorações.
É por estas e por outras que raramente vou a qualquer lado com Cavaco.
O veto ao ajuste da lei de financiamento dos partidos foi uma excepção.
Imagem: Medalhado do tempo dos heróis soviéticos. O que esta gente faz por uma lata ao peito...
quarta-feira, 10 de junho de 2009
A lei do dinheiro
O Presidente da República resolveu não permitir financiamentos partidários à vara larga. É estranho perceber que o Presidente está sintonizado com um deputado apenas - António José Seguro. Mas parece que agora está toda a gente de acordo com o a revisão da proposta. Ouvi há pouco o coreano Bernardino e o sempre-em-pé Rui Rio declararem os seus partidos disponíveis para dar uma vista de olhos por aquela tramóia lamentável. Provavelmente o PS e o BE também se irão inscrever nesta coligação. Vai haver um acordo de regime. Será circunstancial. E à força. Mas é alguma coisa.
Cavaco Silva fez bem.
Cavaco Silva fez bem.
Sol e sombra
Não sou grande consumidor de manifestações do orgulho luso. A data de hoje comemora uma chusma de patriotismos: ele é Camões, ele é o país Portugal, ele é a raça (segundo o Presidente Cavaco), ele é tudo e mais alguma coisa que nos faça gozar o feriado. Leio Camões e prefiro Portugal. Chega. Quanto à raça... só conheço uma: a minha. Que é a de toda a gente que tem cara e coração, e pulmões, e ri e chora. Não encontro, portanto, motivos para festejar diferenças. Adiante. Este ano o salão de festas é em Santarém. Por obséquio até vai ser condecorado o polícia que agora é regente da zona. Um lugarzinho à sombra para o grande Moita que também responde por Flores. Porquê? Não sei. Provavelmente pelas prestações televisivas. É assim em país de telenovela.
Para a festa ser bem portuguesa, e como a região é arena de touros e toureiros, pode ser que acabe em tourada. Olé.
Para a festa ser bem portuguesa, e como a região é arena de touros e toureiros, pode ser que acabe em tourada. Olé.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Super Jobs
Foi apresentado mais um produto da aplle. O novo iPhone 3Gs. Steve Jobs não apareceu. Está doente. As Bolsas não reagiram e os indefectíveis seguidores ficaram desiludidos e preocupados. É assim quando o culto pessoal é elevado a par da própria existência da empresa. Foi Jobs que sempre tirou as novidades da cartola, como hábil mágico perante público entusiasta. Esta falta tira impacto à coisa. A razão percebe-se: Steve Jobs é brilhante. E as suas apresentações são momentos extraordinários. O que será da aplle sem ele?
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Sensibilidade e bom senso
Não tem sentido culpar a abstenção de derrotas ou vitórias mais substanciais. Eleições são como são: vota quem quer e quem não votou votasse e não se queixe. Estas "europeias" foram, quer o resultado nos agrade ou não, uma avaliação de desempenhos. O Governo só tem que contar com isso. A humildade democrática não fica mal a ninguém. Mas quem ocupa os gabinetes nem sempre conta com o que se passa no lado de cá. A arrogância é inimiga da Democracia, e instala-se logo que se avistam os corredores do poder. Basta ouvir Paulo Rangel na noite de ontem.
domingo, 7 de junho de 2009
Vitória
Todos os partidos proclamam vitória. Só o PS desce cabisbaixo do palanque. Pessoalmente encontro apenas uma vitória e uma derrota: o Bloco de Esquerda, que sai como o grande vencedor relativamente a anteriores prestações eleitorais, e as empresas de sondagens, claramente as grandes derrotadas da noite.
sábado, 6 de junho de 2009
Dia de reflexão
Terminou ontem a mais desinteressante campanha eleitoral ocorrida em Portugal. Nem uma ideia para a Europa. Nem uma ideia para Portugal, apesar de o esforço ter sido mais intenso nesse sentido. O gosto duvidoso e a baboseira minaram o terreno. Candidatos aos berros, munidos de panfletos horríveis, incomodaram os cidadãos em arruadas assistidas por batucadas inaudíveis. A parolice está instalada. Infecta como doença. E parece que não tem cura à vista.
Pobre democracia, a nossa.
Bom voto, apesar de tudo.
Imagem António Azevedo | 100 mãos a medir
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Refeitório
Às sextas-feiras, uma alegria para o palato fornecida pelo estúdio de Nicolas Lemonnier.
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quinta-feira, 4 de junho de 2009
Prémio Stuart
Prémio Stuart de Tira Cómica 2009, foi atribuído ao vizinho ali do lado José Bandeira. Como sou muito lá de casa, também fiquei contente.
Parabéns.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Foi o que foi
Foi o lançamento de um livro que parecia um encontro de bloguers. Eu não dizia? Lá estavam os praticantes de direita e de esquerda. Como se conviver assim fosse a coisa mais natural do mundo. Pacheco Pereira afiançou que sim. É assim em muita banda, disse ele, menos em Portugal, o país pequenino e chato, digo eu. Apesar de tudo faz-se o que se pode. E como é isso que acho fui até lá e já estou aqui, a contar como foi. O João Gonçalves também lá esteve, claro, e contou o que o leva a ser assim tão azedo. Há quem continue a não perceber porquê, mas a reconhecer a qualidade do seu Portugal dos Pequeninos.
Continuaremos a não estar de acordo em muita coisa, mas é a pequenez que nos irrita a todos.
O rei há-de morrer. Viva o rei
Já que falei no mal: o camarada norte-coreano de Ilda Figueiredo já designou o seu sucessor. É o terceiro na linha de sucessão ao trono do ditador. O líder todo poderoso teve alguns problemas na indicação. É que os dois filhos mais velhos ainda são mais pulhas do que ele. Com provas dadas em vigarices e falsidades. Ficou o fedelho para amostra.
A monarquia comunista está assim assegurada.
Imagem: Uma família feliz por servir o seu povo.
Figurões
Ilda Figueirado está muito orgulhosa da prestação do seu partido no Parlamento Europeu. E avança com o número incontável de propostas apresentadas como prova do esforçado trabalho. Não esclarece a importância concreta que é dada aos seus lamentos: felizmente nenhuma. Em entrevista à RTP2 disfere acusações a todos os que não pensam como "nós", diz ela - sempre no plural, claro, que na frente de combate a que pertence não são permitidos individualismos. Esta estridente picareta falante lança incompreensão com a credibilidade da banalidade. Mas acha que está a fazer um figurão.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Aos pequenininhos
O João Gonçalves é um velho companheiro na jovem blogosfera. Este livro, onde reúne alguns textos que considerou possíveis de passar ao prelo, é uma montra do que se pode dizer sem peias sobre tudo o que nos apetece. É uma conquista dos blogues. E não é preciso ir comemorar em desfiles pela avenida da Liberdade. Vive-se aqui, neste aconchego.
Aqui há uns dias, no facebook, comentei um cartaz que um meu "amigo" exibia na sua página. O homem considerou indelicadeza. Há quem pense que estas coisas são para viver com o guardanapo no colo e com os cotovelos no poiso correcto. Não entendem o comentário mais foito. Não percebem que a Democracia vive do conflito. O utilizador em causa é um desatino de convicções: monárquico, direita bem à direita, mas embrulhado em obamiana imagem. Enfim, a grande balbúrdia. Percebe-se, portanto, o desalinho da incompreenção. Em liberdade até o disparate é livre. Mas vá lá alguém dizer que o rei vai nu. Leva logo com despedimento da lista de friends. Agradeço, claro, é sempre bom que estes equívocos se corrijam. E se alguém acha que ser amigo é fazer sempre assim com a cabeça...
Com o João Gonçalves passa-se exactamente o contrário. Às vezes concordamos uns com os outros. Mas a maior parte das vezes discordamos. É por isso que o João se mete com os amigos de esquerda, mas também com os de direita. Ele é a sua própria comissão política e o secretariado nacional e mais as comissões regionais ou lá o que é. Pessoalmente, também estou inscrito nesta liberdade. Todos são bem vindos à colectividade. Quem não se der bem... tem bom remédio.
Eu, como ando aqui na boa, vou amanhã à tarde, à Bertrand, dar um abraço ao João.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Vai uma cervejinha?
O casal que tratou da menina russa até que um juíz a dispensasse desses cuidados, diz agora que está disposto a abrir um café para que a mãe biológica da mocinha possa trabalhar lá, e para que assim possam ter a menina por perto. Os cafés são a solução de negócio que toda a gente associa a lucro fácil. Não sei se é se não é, mas sei que aqui há uns anos, todos os desalojados dos seus empregos que recebiam a justa indemnização abriam um desses estabelecimentos. E os contemplados com o totoloto ou outra lotaria qualquer também. Estabeleciam-se, diziam. Actualmente não me parece que a coisa corra tão bem, mas neste caso, e a acreditarmos nas reportagens em que a mãe da menina aparece sempre de copo de cerveja na mão, podemos ser optimistas. Pelo menos uma cliente já o cafézinho tem.
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