terça-feira, 2 de junho de 2009

Aos pequenininhos


O João Gonçalves é um velho companheiro na jovem blogosfera. Este livro, onde reúne alguns textos que considerou possíveis de passar ao prelo, é uma montra do que se pode dizer sem peias sobre tudo o que nos apetece. É uma conquista dos blogues. E não é preciso ir comemorar em desfiles pela avenida da Liberdade. Vive-se aqui, neste aconchego.

Aqui há uns dias, no facebook, comentei um cartaz que um meu "amigo" exibia na sua página. O homem considerou indelicadeza. Há quem pense que estas coisas são para viver com o guardanapo no colo e com os cotovelos no poiso correcto. Não entendem o comentário mais foito. Não percebem que a Democracia vive do conflito. O utilizador em causa é um desatino de convicções: monárquico, direita bem à direita, mas embrulhado em obamiana imagem. Enfim, a grande balbúrdia. Percebe-se, portanto, o desalinho da incompreenção. Em liberdade até o disparate é livre. Mas vá lá alguém dizer que o rei vai nu. Leva logo com despedimento da lista de friends. Agradeço, claro, é sempre bom que estes equívocos se corrijam. E se alguém acha que ser amigo é fazer sempre assim com a cabeça...

Com o João Gonçalves passa-se exactamente o contrário. Às vezes concordamos uns com os outros. Mas a maior parte das vezes discordamos. É por isso que o João se mete com os amigos de esquerda, mas também com os de direita. Ele é a sua própria comissão política e o secretariado nacional e mais as comissões regionais ou lá o que é. Pessoalmente, também estou inscrito nesta liberdade. Todos são bem vindos à colectividade. Quem não se der bem... tem bom remédio.
Eu, como ando aqui na boa, vou amanhã à tarde, à Bertrand, dar um abraço ao João.