domingo, 8 de junho de 2008

O mundo é uma bola

Quem não se entusiasmar com o campeonato da bola não corresponde aos requisitos mínimos que norteiam um verdadeiro patriota? Quem acha que seja qual for a classificação da equipa portuguesa, os males do País não ficam resolvidos, é pouco respeitável? Quem não reconhecer nos jogadores da bola os portugueses que mais influenciam a sua vida é alguém sem presente nem futuro?
Não consigo entender esta histeria. Até o Presidente da República finge que é adepto. Afinal, não era só um campeonato de futebol?
Se isto não correr bem fecha a Nação?
Não me vou desiludir. Não me iludo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se perdem é que eu quero ver o entusiasmo.

Anónimo disse...

Deixem lá os rapazes jogar. São só 15 dias.

Anónimo disse...

Ó zimba, mas ninguém vai lá passar rasteiras. Se forem fraquinhos das perninhas a culpa não é de quem os não apoia. Dêem-lhes força. A responsabilidade é vossa. Se a coisa correr para o torto a culpa não é nossa.

Anónimo disse...

João Gonçalves no "Portugal dos pequeninos"

Enquanto a selecção não regressar rapidamente da Suiça, o país andará um pouco mais bestializado do que o habitual. Os jornais não desportivos só se podem ler a partir do meio. Deve, por razões de higiene mental, omitir-se a primeira meia hora dos telejornais, dedicada ao futebol e ao medonho "povo" do futebol que vai desde as "figuras" do Estado ao primeiro "Zé das farturas", passando por bandos de fervorosas mamalhudas à mistura com os "intelectuais da bola". Lá fora, é certo, não é melhor. Só que as "condições" da vida lá fora são outras mesmo quando pioram, Aqui, quando tudo piora, é apenas para acrescentar mais excremento ao que já lá estava. É um nosso estado natural, o excrementício, e esta "suspensão" do pensamento - estou a ser generoso - durante uma futebolada convém imenso aos nossos pastores. A histeria colectiva "amacia" e permite a transferência de outras irritações para os estádios. Quando isto acabar - felizmente são só umas semanas esquecíveis - a realidade, tão bestializada como as suas "vítimas", estará de volta. Habituem-se.