domingo, 15 de junho de 2008

O passado e o futuro em Palmela


Ontem fui a Palmela assistir a um concerto de Mário Laginha. Levou-me lá outro motivo: o convite de amigos para ser apresentado a um piano recentemente adquirido. Passo a explicar: Uma colectividade "palmeloa", conhecida pela alcunha de "caceteiros", comprou um lindíssimo piano Yamaha para fruição dos seus associados. Há aulas para a petizada e concertos para todos. Mário Laginha foi lá pôr as mãozinhas e referiu a importância destas instituições. 
São estruturas levantadas por gente que tem apreço pelas suas raízes, mas não esquece as razões de andar por cá hoje. São as casas da contemporaneidade. Não se consolam com a subsídio-dependência, nem desistem perante as dificuldades. Insistem, com o esforço dos seus membros, em fazer coisas pelos seus.
É disso que me apetece falar aqui hoje. É bom perceber que Portugal não é só a capital. A paisagem mexe. E hoje vão acontecendo grandes iniciativas um pouco por todo o país.
O concerto de laginha foi a melhor estreia para o novel instrumento.
O músico improvisou em cima dos seus próprios temas, revelando alguns segredos das ligações entre as músicas. De um momento para o outro começa a surgir o "malandro" de Chico Buarque. Outras referências povoaram o palco, mas acima de tudo ficou esta vontade de participar num acto de vontade colectiva. Como disse Mário Laginha
"É isto que nos faz acreditar no futuro do País".
Também é.

Sociedade Filarmónica Humanitária
Av. Doutor Godinho de Matos - Palmela