sábado, 12 de maio de 2007
Frutas do nosso tempo
A Casa Ermelinda de Freitas é uma empresa familiar que faz vinho. Leonor, filha dos iniciadores do negócio, tomou conta dos bagos e tornou a pequena fabricante de vinhos a granel num caso muito sério. Os vinhos da Casa são provados em diversas geografias, e apreciados pelos mais exigentes provadores. João Paulo Martins, José A. Salvador, José Quitério, David Lopes Ramos e João Afonso são alguns dos notáveis profissionais que não dispensam um comentário elogioso aos vinhos que Leonor de Freitas vai criando.
Chegaram agora ao mercado mais três novas apostas: Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional. Três vinhos com notas de apreciação diferentes, mas todos de qualidade superior. O primeiro alegra o paladar com a sugestão de frutos frescos, mentolados, disponibilizando-se para pratos de densa compostura. O Syrah exibe elegãncia, na cor sólida e na convocação de frutas maduras. O Touriga é o mais aromático, confirma a elegância dos outros, mas campeia em outra complexidade: frutos secos e especiarias são dominantes. Três grandes vinhos, a preços não proibitivos — perto de 9 euros a garrafa, nos supermercados —, que não dão lugar a desilusões.
Estes novos produtos ostentam novas roupagens. Os rótulos são esteticamente competentes, conferindo unidade visual aos receptáculos.
Os Vinhos Sogrape apostaram na exigência estética, há já alguns anos, e não se deram mal com a encomenda. É bom ver que outros chegam a boas conclusões.
Boas bocas os provem.
Com moderação? Como quiserem.