sexta-feira, 11 de maio de 2007

As escolhas de Sofia

Um comentário de Sofia Loureiro dos Santos, do nosso vizinho ali do lado Defender o Quadrado, enviado por e-mail, despertou-me a vontade de voltar a autorizar opiniões aqui no blogue. Tenho a maior consideração e respeito pela Sofia. Trocamos amável correspondência desde que estas geringonças existem. Claro que nem sempre concordamos. Era o que faltava...
Desta vez a Sofia contesta o meu post de ontem. Vamos ler:

Não concordo consigo. São cada vez mais necessárias pessoas que, à margem dos partidos, tenham vontade de protagonizar alternativas. São conjunturais mas essenciais para a renovação dos próprios partidos. O PS e José Sócrates, mais uma vez, deixaram que se lhes escapasse o controle sobre o imbróglio lisboeta, não fazendo nada para o deslindar.
Fala-se muito da sociedade civil e da participação cívica, mas quando ela se manifesta causa imediatas repulsas. Não sei se Helena Roseta é a resposta ou a melhor solução. Mas pode ser uma solução. Veremos.


Não há muito para ver, cara amiga. O percurso desta arquitecta sem arquitectura deixa muito a desejar. Estou de acordo com o Eduardo: a senhora envelheceu mal. Mas, independentemente de tudo, já provou que actua sem respeito pelos outros. Quando a coisa não lhe agrada... põe-se a andar. Grande envergadura democrática, não haja dúvida. Enquanto o aconchego partidário os favorece, não os incomoda a falta de cidadania, quando falta é que a porca torce o rabo. Estamos fartos de partidos? Já Salazar, agora tão na moda, não tinha grande paciência para estes convívios. Se calhar é mal de dirigentes. Não nos deixam mandar, mandamos a estrutura à fava. Depois ficamos independentes. Os resultados são conhecidos. Há muitos exemplos: Isaltinos, Valentins e Felgueiras é o que por aí não falta.
É mal do sistema? Se calhar é, mas não há outro melhor.
Quanto a competência... Estou mortinho por ver a constituição da equipa da novel candidata. Deve ser um papelinho.
Dito isto, acrescento: não tenho filiação partidária. Voto em quem me apetece. Mas não me apetece votar em qualquer um. Não o faço, nunca.