quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Sabonete Santa Comba

Vi um naco do programa dos portugueses fantásticos. Um naquinho mesmo, que ver aquela miséria do princípio ao fim é coisa de masoquista. Dona Elisa dá monumentais secas. Também lá estava o Saraiva, tio do outro, o do Sol, que também tem pancada como o sobrinho, e pensa que a História são as narrativas ficcionadas com que maça os incautos telespectadores que lhe dão crédito como historiador. Foi penoso ver Eduardo Lourenço, Mário Bettencourt Resendes e Ricardo Araújo Pereira no meio daquela tourada sem touros. Todos os outros foram como se esperava - feitos para aquele tipo de palhaçada. Mesmo aquele doutor de Coimbra que tudo fez para parecer diferente, não passou de sofrível opositor. Teve alguma laracha quando aludiu às fontes históricas em duelo com Saraiva salazarista. Claro que Saraiva não liga qualquer importância a essa coisa das fontes: Maçadores, estes historiadores. Acaba por ter graça, sem graça nenhuma, ver Salazar como produto televisivo elegível. Dias antes, em declarações à TSF, Fernando Rosas disse ter sido contactado para consultor do programa, mas recusou. "Isso é coisa para compromissos publicitários", disse. "A intenção é vender sabonetes". E é.
JTD