domingo, 18 de junho de 2006

A imputabilidade dos grunhos

O nosso observador António Augusto, em comentário ao post de Raquel Rainho, fala de algo para além do abate das árvores. Diz:

Independentemente da insensibilidade dos autarcas (da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia), tenho muitas dúvidas sobre a legalidade dessa transferência.
Pois, como é do conhecimento público, as escolas Conde Ferreira foram construídas em todos os concelhos deste país - com dinheiros privados - e entregues ao estado com uma única finalidade: a de serem utilizadas como escolas.
Até aceito que esta tipologia esteja desajustada das necessidades actuais, mas deveriam continuar a ser dinamizadas como locais ligados à educação e ensino. De outra forma está a ser traída a vontade do doador!
Os políticos têm de conhecer a lei.


Para além do desprezo pela natureza, há uma evidente falta de respeito pelas normas instituídas. Ou será ignorância? Seja como for é lamentável que tudo isto se passe nas barbas dos eleitores, que comemorando a democracia, lá vão votando alegremente no chamado Poder Local democrático.
Será que, se durante as campanhas eleitorais os políticos anunciassem medidas destas, seriam igualmente eleitos? Duvido. Mas o que é certo é que disparates deste continuam a assombrar os dias das nossas vidas, sem que os culpados sejam chamados à responsabilidade.
A Democracia, sendo o regime políticamente mais tolerante, ainda não é a perfeição. Permite que os grunhos não sejam imputáveis.
JTD