sexta-feira, 16 de junho de 2006

Grunhos aos molhos

A Junta de freguesia de S. Julião, de Setúbal, está a recuperar o edifício onde funcionava a escola Conde Ferreira, para aí instalar os seus serviços.
Para que não tenhamos dúvidas escarrapacharam nas paredes um painel onde essa benfeitoria é anunciada.
A primeira iniciativa tomada para o embelezamento da sua nova casa, foi o arrancamento das frondosas árvores que desde que me conheço enfeitavam o espaço frontal.
Autarcas que não gostam de árvores?! Hum, é de desconfiar.
Quando chegará o dia em que a cidade que me viu nascer se vê livre de grunhos desta espécie?
Já tarda.
RR

8 comentários:

Chapa disse...

Infelizmente os "grunhos" proliferam no poder, são como erva daninha.

Anónimo disse...

Comportam-se como tal. As ervas daninhas são nocivas ao crescimento de das plantas mais nobres.

Anónimo disse...

Às vezes quase somos tenados a "pensar" que não deviam ser dados outros poderes às juntas de freguesia para além da passagem de atestados.

Anónimo disse...

Independentemente da insensibilidade dos autarcas (da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia), tenho muitas dúvidas sobre a legalidade dessa transferência.
Pois, como é do conhecimento público, as escolas Conde Ferreira foram construídas em todos os concelhos deste país - com dinheiros privados - e entregues ao estado com uma única finalidade: a de serem utilizadas como escolas.
Até aceito que esta tipologia esteja desajustada das necessidades actuais, mas deveriam continuar a ser dinamizadas como locais ligados à educação e ensino. De outra forma está a ser traída a vontade do doador!
Os políticos têm de conhecer a lei.

Anónimo disse...

Oh meu caro António Augusto, eles querem lá saber da lei. Depois, quem vier a trás que resolva. - Se houver idemenizações e processos judiciais, no futuro que tratem disso.
É esta a forma dos autarcas sadinos resolverem as coisas.
A câmara municipal, em vez de arranjar um terreno ou um outro espaço, passa por cima da lei, e, armada em programática-voluntarista, vai daí e entrega a antiga Escola Conde Ferreira à junta de freguesia - para as suas novas instalações.
E como isso não bastasse, descaracterizam o local, a construção e sua finalidade.
Faz lembrar aquele período da história soviética em que o Zé dos bigides mandava dstruír as igrejas e outro património arquitectónico, ou então faziam quarteís, sedes do partido e residências para os dirigentes.
Mas nós por cá, em pleno Séc. XXI, tudo bém...

Anónimo disse...

Seguindo o raciocínio de Jorge Santos, também acabo por concordar que somos tentados a pensar que estes autarcas da Junta e da Câmara, não tendo capacidade para mais, ainda vão tendo poderes para fazer crimes como estes.

Anónimo disse...

Gosto de árvores, ervas, flores..... Como tal fico pasmada com os meus vizinhos que não se escandalizam quando árvores lindissimas desaparecem para mostrar o betão. Foi o que aconteceu, também, na Avª 22 de Dezembro, em nome das alergias (julgo eu) um vereador, a quem nunca ninguém pediu qualquer justificação, trocou árvores esplendorosas por laranjeiras de pomar definhado.Não ficámos a ganhar com a troca, antes pelo contrário.
No caso em discussão, não deixando de ter interesse todas as abordagens que daí decorreram e poderão decorrer, creio que o tema primeiro, as árvores, dificilmente terá já solução.

Anónimo disse...

É aquela maxima demagogia eleitoral: "com a participação de todos..."