quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
Delírio da vida
Morrer no Sul
Tão pouca é a vida,
o deslumbrado delírio da vida.
No tear se tecem os fios, o desenho das rendas,a
renda dos dias.
Ignoro quantos,
quantas tardes no fluir da paixão, quanto ouro e
azul na idade das mãos,
que idade no tear das mães.
Foram belas também no sonho antigo,
passearam entre os lírios,
desatavam a cabeleira e os vestidos,
iam à beira mar.
Poema de José Agostinho Batista
Assírio & Alvim, 1981
Pintura de Ilda David