sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

Ano Novo

Amanhã começa um novo ano. Um ano inteirinho a encetar.
Este blogue vai estar nesse campeonato desde o primeiro dia.
Novas aquisições vão atacar o teclado. Vamos ter gente em Lisboa, Setúbal, Bruxelas e Rio de Janeiro.
Vamos dizer o que nos apetecer. Não nos vamos render ao politicamente correcto - Já basta o que basta.
Colocaremos mais argumentos dos "pacientes do blogoperatório".
Queremos comemorar lá para finais de Fevereiro o fim da vida política dos manhosos que nos governaram nos ùltimos meses: desde já lhes desejamos os maiores sucessos profissionais fora da acção governativa.
Daremos mais atenção às actividades culturais e de defesa da higiene mental que nos forem povoando os dias.
Assim, os colaboradores para 2005 são: Ana Lúcia Fernandes (Rio de Janeiro), José Teófilo Duarte (Lisboa), Marta Viotti (Bruxelas), Raquel Rainho (Setúbal) e Samuel L. Pavão (de onde for preciso).
As preocupações dos nossos pacientes deverão ser enviadas para
cirurgias@hotmail.com

Um grande ano para vocês todos.
Até já.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

Para limpar a vista


Rauschenberg

quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

Respirar



No seu mais recente livro, Susan Sontag faz um retrato da América. Usando a vida de uma mulher em transformação, traça a constante inquietação do ser humano. Na ilusão do teatro e na derrocada dos idealismos redutores, encontra a forma mais encantadora de nos contar uma história que é de amor, mas nas suas variadas contradições. Histórias diferentes de uma mulher diferente que ontem nos deixou. Lá pelo meio do livro encontrei este bocadinho que achei interessante pôr aqui:

"A utopia não é um tipo de lugar mas um tipo de tempo, aqueles mais do que breves momentos em que não queríamos estar em qualquer outro lugar. Haverá um instinto, algum antiquíssimo instinto, de respirar em uníssono? A utopia afinal, essa. Na raiz do desejo de união sexual está o desejo de respirar mais profundamente, mais profundo ainda, mais rápido... mas sempre em conjunto."

Susan Sontag NA AMÉRICA. Gótica. Na capa "As mãos de Helen Freeman" em fotografia de Alfred Stieglitz
JTD

terça-feira, 28 de dezembro de 2004

Susan Sontag morreu


Alguém verdadeiramente importante que desaparece.
O estado a que chegou a política do seu país não a deixava cruzar os braços.
Bush tem a importância das armas, ela tinha o poder das palavras.
O Mundo fica mais pobre. A América também: Perdeu uma grande escritora e aclamou um péssimo presidente.
Pobre país, o deles.
JTD

segunda-feira, 27 de dezembro de 2004

BOM 2005



Apesar da crise. Apesar de Portas e Santanas. Apesar dos tempos difíceis e do vazio que se vislumbra, que as vidas pessoais de todos os nossos frequentadores sejam um refrescante perfume no mofo dos dias presentes.

Pintura de RAFAEL

Mudanças na casa

Este espaço de comunicação vai sofrer uma profunda mudança a partir do próximo ano. A emissão recomeça precisamente no dia um de Janeiro, com novos colaboradores e novas preocupações.
Continuarão alguns dos presentes, a quem se vão juntar outros, agora chegados ao entusiasmo blogueiro. Mais vale tarde que nunca, lá diz o povo. Vamos a ver se o povo acerta.
Até dia um.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Celebridades

A partir de agora não haverá aqui qualquer comentário pouco elogioso em relação ao governo.
Nem pouco elogioso nem nada. Não vale a pena bater no que não existe.
O que é surpreendente é ter existido. O estado a que chegou este Estado é revelador do nível a que chegaram as lideranças.
Pobre país este, que no topo tais criaturas exibe. Sim exibe, porque estas ninguém as escolheu. Foi uma espécie de público das revistas de supermercado e de programas televisivos para celebridades que os atirou para a frente, numa espécie de conjura secreta muito pouco entendida pelos cidadãos menos célebres.
Pronto, isto aconteceu. Agora é tratar de correr com esta gentalha o mais depressa possível. Ou seja, lá para finais de Fevereiro. Mesmo que seja pouca a mudança, é preciso mudar para que se vejam as diferenças. E diferenças haverá, que diacho!
JTD

Aforismos


"O homem não sabe mais que os outros animais; sabe menos.
Eles sabem o que precisam. Nós não."

Fernando Pessoa Aforismos e afins. Assírio & Alvim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

Para limpar a vista


Barnett Newman

sábado, 11 de dezembro de 2004

Fim de semana


Jackson Pollock

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

Para limpar a vista


Lucien Freud

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

Metafísica

Deus é um conceito metafísico. À sua sombra fazem a sua burocracia metafísica
os padres de todas as religiões.
Álvaro Campos
"Aforismos e afins"
Páginas de Fernando Pessoa. Assírio e Alvim.

terça-feira, 7 de dezembro de 2004

80 anos


PARABÉNS

O que é o tempo?

Não sei o que é o tempo. Não sei qual a verdadeira medida que ele tem, se tem alguma.
A do relógio sei que é falsa: divide o tempo espacialmente, por fora.
A das emoções sei também que é falsa: divide, não o tempo, mas a sensação dele.
A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente, outra vez depressa, e o que vivemos
é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro.
Bernardo Soares. LIVRO DO DESASSOSSEGO. Obras Completas de Fernando Pessoa

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

O verdadeiro homem do bolo

E no tempo do homem do bolo-rei, não houve trapalhadas? Pensam que já nos esquecemos?
Estes gurus da competência acham-se acima de tudo e todos.
Eles é que são os bonzinhos, coitadinhos. Só não fazem mais porque não os deixam.
Já ouvimos isto desde o tempo de Marcello Caetano. São os salvadores da Pátria. Agora há um tótó, em Londres, que também nos quer vir salvar. As criaturas esquecem que a política não é só economia. Também há as pessoas. E a política, sabem o que é?
RR

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

Lembram-se do governo Balsemão?


Há quem diga que a alternativa está dentro do PSD. Que lata.
As barracadas santanistas foram de tal ordem, que o desespero instalou-se na família.
A vaidade de Santana Lopes é como a picada do escorpião. A sua natureza não lhe permite ser sério.
Entretanto o medo de perder o poder alimenta as maiores especulações. Agora querem Cavaco de volta. Livra!
Foi esta gente que montou o cavalo do poder durante mais tempo. Mas as culpas nunca são deles.
As trapalhadas não surgiram só agora com estes tontos. Lembram-se do governo Balsemão? Também era fixe, não era?
RR

quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

Os trapalhões


Esta série deverá chegar ao fim no início do próximo ano.
A pouca receptividade junto do público e a ausência de favores por parte da crítica, levaram a que a produção suspendesse esta pouco interessante prestação humorística.
Consta que o responsável pela produtora (na imagem com o protagonista), não gostou do novo guião, dando assim motivos ao inesperado desfecho. Fontes próximas desta empresa, sediada em Belém, garantem que os actores da comédia, apesar do esforço constante para manter a boa disposição dos portugueses, não correspondiam aos padrões exigidos pela equipa de produção. Os índices de audiência estavam abaixo de valores sustentáveis. Os elevados custos não justificavam a insistência em continuar as gravações dos próximos episódios. O público agradece.
JTD