João Pereira Coutinho costuma assinar uma secção - Estado crítico - no Expresso. A primeira crónica da edição de sábado - Mulherzinhas - é detentora de uma tremenda misoginia. Baseando-se em estudos generalistas, reveladores de pouca simpatia pelos comportamentos femininos, sente-se lendo aquele texto, que o Homem, no seu comportamento mais vulgar de macho predador, é um exemplo de virtudes. A segunda crónica, sobre as recentes atitudes do Estado francês acerca do véu islâmico, colocam-me em relativa concordância com o opinador Coutinho. Mas a terceira - Parque jurássico - sobre as televisivas homenagens a Ary dos Santos, não me poderiam por mais de acordo com o cronista. Já aqui o referi. Não percebo que pessoas crescidas façam aquelas figuras. Carlos do Carmo faz revelações sobre as sua opiniões acerca do poeta, como se de algo absolutamente imprescindível se tratasse. Tordo também. E os outros todos, idem. Agora, até parece que os ridículos festivais da canção foram importantes para a música - A música universal, no dizer de Tordo. Os versos rimados à força e as melodias feitas a martelo são grandes canções, segundo estes senhores.
Estes casos, ou optamos por ignorá-los, ou então é preciso que alguém acenda a chama que ilumina a sensatez. JPC fez isso no Expresso. E fez muito bem. JTD