Como todos sabemos, as testemunhas de Jeová são aqueles seres lamentáveis que andam a adivinhar o fim do mundo desde o princípio do séc XX.
Costumam atacar disfarçados de senhoras de meia-idade (seja lá isto o que for). Às vezes trazem umas criancinhas pela mão, para a gente pensar que são humanos.
Também aparecem com outros disfarces; tipo vendedor de utilidades fúteis, com fato maconde dos saldos. Mas é óbvio que são extra-terrestres. Já não conseguem convencer-nos do contrário. Basta ver a relação que têm com o sangue. Não podem receber transfusões. Logo se conclui que não é sangue que lhes corre nas veias mas sim um outro qualquer líquido que lhes vai perpetuar a existência, após o fim do mundo, que está para breve.
A abordagem aos cidadãos incautos é muito perigosa. Geralmente perguntam se conhecemos a palavra do Salvador. A quem responde: -Salvador? não conheço. Salvador quê!? é dado de imediato um valente e secativo sermão. Ele há pessoas que ficam irremediavelmente sem dizer coisa-com-coisa. Passam a não dar os parabéns aos amigos que festejam o seu aniversário, recusam-se a comer galinha de cabidela ou sarapatel, recusam as origens da espécie dizendo que o Homem não é um animal, mesmo quando corrigimos para animal racional. Que não, que o Homem é um ser superior e os animais que se danem. Conviver no Natal? nem pensar. Essa é uma das grandes ofensas à fé cristã. Enfim. É uma gente que faz uma interpretação das escrituras, da história e da ciência que não condiz, em nada, com a dos seres humanos.
Portanto, livremo-nos destes seres oriundos sabe-se lá de onde.
Para tal, se duas criaturas de pasta na mão (andam sempre aos pares) se pespegarem defronte da sua porta, convide-as em primeiro lugar a entrar para apreciarem a sua árvore de natal e o presépio. Se isto não as fizer zarpar instantaneamente, diga que o seu cão é tão esperto que mais parece um animal racional. Se mesmo assim não tiver sucesso, assegure-lhes as qualidades do seu frango de cabidela, que está ao lume. Se mesmo assim não resultar, mande-os pregar para um raio-que-os-parta. Porque, na grande maioria dos casos, os toscos só percebem conversas toscas.JTD