A esquerda tem de assumir a sua vontade de dar a volta aos atropelos da direita. A atual direita defende o passado. Mas já existiu uma direita mais decente. Francisco Sá Carneiro dizia: "Nós, Partido Social Democrata não temos qualquer afinidade com as forças de direita, nós não vamos nem seremos nunca uma força de direita". Mas o então presidente do PPD/PSD não foi respeitado. No seu tempo, o dito partido deixou de ser PPD para passar a ser também PSD, acrescentando assim a ideia social-democrata ao discurso. A social-democracia nunca foi um projeto de direita. Os PPs sim. O atual PPD/PSD é reacionário até ao osso. Montenegro aconchega-se ao Chega e à IL em cenas sem fim. Mas os seus correligionários nos sindicatos parecem não estar com ele cegamente. Os ajustes às leis do trabalho são um atentado à mão armada à vida civilizada das pessoas. Claro que o partido fascista e o outro que anda lá por perto entram em transe delirante com este atentado.
É aqui que entra a esquerda. A esquerda deve fazer política. Sim, POLÍTICA. As greves são políticas? Claro, queriam que fossem o quê? Religião? Divertimento? Passatempo? É a política que rege a nossa vida. As políticas de direita gerem-na mal. É a esquerda que tem alternativas e defende os direitos das pessoas. A direita defende o direito dos ricos explorarem à vontadinha quem trabalha, rejeitando o seu direito à felicidade. Isto que aqui digo não é basismo ideológico populista. É atitude política, filosófica e social. É razoabilidade de esquerda. Uma greve geral é atitude política, sim. Tudo o que mexe com os nossos direitos é política. O resto é conversa da treta entre parolos sem tino.
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