quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Imobiliário, para que te quero?

António Costa e Pedro Nuno Santos fizeram negócios imobiliários de conforto familiar. Foram por isso altamente observados e muito criticados pela comunicação social atenta e denunciadora. O assunto abria jornais televisivos e era motivo de debates intensos e agressivos. Parecia que trocar de casa e vender a casa anterior por maior valor, ou comprar casa de férias no campo, eram crime público de lesa-pátria. Uma vergonha para os protagonistas dos negócios imobiliários.

O actual chefe de governo tem um soma inacreditável de edifícios, adquiridos com toda a certeza por métodos financeiros lícitos, e essa soma inacreditável não merece atenção nenhuma dos ditos fazedores de opinião, muito pelo contrário: o que tem a gente a ver com os bens de cada um? 
 
Vivemos em plena prática do poder neoliberal. Sem necessidade de esconderijos ou disfarces. Agora só falta mesmo instalar-se o fascismo a sério proposto pelo partido Chega. O seu líder já avisou que "ainda não vimos nada" e avisa os seus seguidores que todos os que se lhe opõem "vão acabar". Ou seja: já se dizem as mais vis enormidades sem freio. Dizem-se e fazem-se. Resta-nos resistir e combater. Sempre.

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