A primeira vez que o vi trabalhar foi na peça FOGO, pela Comuna, logo depois da revolução. Nunca mais o perdi de vista. O cinema também o ilustrou. Foi um grande actor. Quando o Jorge Silva Melo propôs fazermos o EM VOZ ALTA na Casa Da Cultura, o Lucas foi um dos mais requisitados participantes. As imagens mostram duas dessas sessões: com a Lia Gama e com o António Simão. Estes encontros foram marcantes, para a fruição da boa leitura de poesia. A boa gente do Teatro resolve sempre estas coisas melhor, porque é a voz e o corpo que são convocados. Dizer poesia também é fazer teatro.
A última vez que estive com ele foi para assistirmos à peça dos Artistas Unidos que foi experimentar o renovado Teatro Variedades. Ele estava com a Lia Gama, e falámos daquele mal que lhe perturbou a coluna levando-o a ter que aguentar duas cirurgias. Mas eu estava longe de perceber que não iria estar mais com ele. Eu gostava tanto do Luís Lucas. Foi tão bom ser teu amigo, meu querido amigo.