quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Escola superior, escolha superior

O edifício desta escola — Escola Superior de Educação - Instituto Politécnico de Setúbal — foi projectado por arquitectura superior. Foi Álvaro Siza que desenhou esta singular construção que é uma pérola da arquitectura escolar. Um encanto para o olhar e um caso sério em funcionalidade. O arquitecto tratou de tudo: projectou o edifício, desenhou os móveis e até desenvolveu imagem corporativa.

Estiveram na origem da escolha as superiores Ana Maria Bettencourt e Maria Emília Brederode dos Santos. Álvaro Siza pegou na ideia e teve ideias superiores. Uns anos depois da construção, em 1999, fui convidado por Ana Maria Bettencourt para desenvolver imagens gráficas específicas para apresentação e divulgação da arquitectura e também de iniciativas por lá realizadas. Foi-me proposto fazer um folheto desdobrável para a concretização impressa da ideia. O material posto à minha disposição era também superior: os desenhos iniciais do arquitecto e fotografias de Fernando Pinho. O texto estava a ser desenvolvido por Ana Nogueira, então aluna finalista, e que planificava e realizava visitas guiadas explicativas da arquitectura do edifício. Concebi alguns materiais: folhetos, pequenos livros, cartazes. A qualidade da equipa envolvida descansou-me e entusiasmou-me. Ainda hoje coloco esses trabalhos entre os meus preferidos. Gostei de trabalhar com toda esta gente.

Passados mais uns anos, em 2005, fui contactado para desenhar um livro comemorativo dos 30 anos da Escola. O conhecimento que tinha daquele ambiente permitiu-me aceitar o desafio com muito agrado. Sugeri a utilização dos desenhos de Siza, e documentar actualizações com imagens a recolher por Fernando Pinho. A excelência mantinha-se. A publicação comemorou os trinta anos da Escola, na minha opinião com elevada dignidade. Todos fizemos por isso. Revivo esta memória no ano em que se assinalam os 50 anos de existência desta escola que se instala num edifício que é uma pérola da arquitectura no mundo. Parabéns aos fazedores. 

















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