Esta frase não deve ser para aqui chamada, dirão alguns. Deve, deve, digo eu. Há coisas que, não correspondendo ao que queremos, ao que achamos melhor e mais frequentável, parecem ser farinha do mesmo saco.
Mas há coisas que fazem alguma diferença. A excelsa vontade de mandar, o gosto duvidoso, a anti-cultura, a apologia do macho superior que quer a mulher no seu lugar, mesmo que ela não queira, a vontade de correr com quem é diferente são ajustes de uma vontade que não interessa a ninguém. Mesmo a quem acha que isto é tudo igual. Eles querem é tacho, dizem. Pois é, mas até os tachos são diferentes. Há os que servem para cozinharmos. Adoro-os. E há os que servem para que alguns se governem. Combato-os. Geralmente são estes defensores do seu tacho — há quem lhes chame valores ocidentais e mais o diabo que os carregue — que mais vociferam contra os tachos, antes de terem um. Tachos há muitos, mas não são todos iguais. Há uns mais iguais do que outros.
Imagem: The New Republic